'Reforma tributária pode se transformar em aumento de imposto', diz Skaf

Presidente da Fiesp cobra reforma administrativa antes de uma reforma tributária

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

A proposta de reforma tributária do governo federal vai gerar desemprego se for aprovada, afirmou nesta terça-feira (6) o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.

Skaf é um dos articuladores de uma frente que pretende batalhar contra as mudanças durante a tramitação no Congresso. Em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, ele disse que se for para ser esse projeto, “é melhor deixar como está”.

“Quando você tem falta de dinheiro, é muito perigoso falar em reforma tributária. Porque a reforma tributária pode se transformar em aumento de imposto. Quando você tem falta de dinheiro, o que você precisa é de uma reforma de corte de gastos. O segredo aí não é querer fazer reforma tributária, e sim, como enxugar os gastos”, disse.

Ainda na avaliação do presidente da Fiesp, uma boa reforma traria simplificação tributária, redução da burocracia e aumentaria a competitividade. Paulo Skaf afirmou que, ao contrário, a proposta do ministro Paulo Guedes tem uma única finalidade - aumentar a arrecadação.

“Uma reforma adequada seria a reforma administrativa, como buscar mais eficiência na máquina pública. Quando você tem isso pronto e você tem dinheiro, você pode discutir uma boa reforma tributária”, acrescentou.

Em janeiro, depois de 17 anos, ele vai passar o comando da principal entidade empresarial do país para Josué Gomes da Silva, que é filho do ex-vice-presidente José Alencar.

O empresário, dono da companhia têxtil Coteminas, foi eleito na segunda-feira (5) com o voto de 104 das 113 associações representadas pela Fiesp.

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