A Reforma da Previdência do presidente francês Emmanuel Macron foi aprovada na Assembleia Nacional nesta quinta-feira (16) após uma manobra do governo para impedir que a votação passasse pelos parlamentares. O texto, aprovado pelo Senado, tinha resultado incerto com os parlamentares. Então, o presidente acionou o artigo 49.3 da Constituição para implementar a reforma sem o aval dos deputados.
O anúncio do artigo foi feito pela premier francesa, Élisabeth Borne. Ela disse estar “disposta a assumir a responsabilidade” ao recorrer ao recurso de passar por cima do parlamento francês.
Segundo a imprensa francesa, os parlamentares contrários à proposta podem barrar a reforma com uma ‘moção de censura’ em até 24 horas contra o artigo. Assim, podem votar contra ele e a Reforma da Previdência. Após a votação, Marine Le Pen, principal opositora do governo Macron, afirmou que o governo quer impor o artigo quando não tem maioria na Assembleia Nacional.
A reforma é motivo de protestos em todo o país, já que o ponto mais polêmico é a que propõe elevar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030. O texto antecipa também a exigência de contribuição por 43 anos, não 42 como atualmente, para que o trabalhador receba pensão integral.
Contra a reforma, a maioria dos franceses entraram em greve. O país entra no nono dia de paralisação geral, mas o décimo dia contínuo da paralisação dos lixeiros. E olha só, montanhas de lixo se acumulam pelas ruas de Paris. Ao todo na cidade já sãomais de 7 mil toneladas de lixo não recolhido.