A recuperação dos estudantes só vai acontecer com o retorno presencial na escola. A declaração foi feita pelo secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (15).
A partir da semana que vem, o governo determinou que a presença em sala de aula será obrigatória, exceto para alunos com comorbidades, grávidas ou puérperas.
Falando ao Jornal Gente, Rossieli Soares afirma que, além do prejuízo cognitivo, o desenvolvimento social dos jovens foi severamente prejudicado no período em que as escolas ficaram fechadas.
“O que a gente está vendo hoje na aprendizagem são déficits que, por exemplo, chegam a 14 anos e em alguns casos a gente até andou para trás. O professor sente isso quando ele recebe o aluno de volta na sala de aula. É muito mais importante nesse momento, inclusive, a gente olhar para o desenvolvimento das competências socioemocionais desses alunos até do que o cognitivo. É essencial o professor na sala de aula com as nossas crianças”, disse.
Em outubro, o distanciamento entre os alunos em sala de aula será mantido em 1 metro; a partir de 3 de novembro, acaba a necessidade desse espaço entre as mesas. O uso de máscaras seguirá obrigatório em todos os ambientes da escola.
O secretário estadual da Educação Rossieli Soares afirma que o protocolo para possíveis casos da Covid-19 também será mantido.
“Obrigatório o uso de máscara e isso não está em discussão na educação. Álcool em gel em abundância e a organização, por exemplo, do intervalo, ela continua com a orientação de ser intercalado. Um grupo de alunos em um horário e outro grupo em outro para organizar as bolhas, para que a gente continue monitorando quem teve contato com quem dentro da escola. Se há algum caso confirmado e não tem mais ninguém se isola aquela pessoa. Se temos dois casos confirmados contactantes, dois na mesma turma no mesmo momento, a gente isola a turma”, explicou Rossieli.
Segundo o governo de São Paulo, 97% dos profissionais da educação estão com o esquema vacinal completo e 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos já tomaram pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19.