O senador Randolfe Rodrigues (REDE) citou que ainda está debatendo os próximos passos com o partido Rede Sustentabilidade. Rumores no Senado afirmam que o político está prestes a migrar para o Partido dos Trabalhadores, mas em entrevista à Caroline Vilela, o senador pelo Amapá afastou os rumores e diz estar conversando com o partido.
“Nós continuamos na Rede Sustentabilidade, hoje encaminharei à votação e o apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco pelo partido. O que eu debato é que o partido deve entender qual o papel que irá cumprir na próxima quadra histórica, depois de cumprir o papel heroico nos últimos quatro anos”, pontua.
Segundo Randolfe, ele foi o único senador de uma bancada de cinco que havia sido eleito após 2018. "Por isso, sinto legitimidade de debater o destino a seguir, enquanto não se conclui, continuo na Rede Sustentabilidade”, afirma.
Sobre a votação da presidência da Casa, disputada entre Rodrigo Pacheco (PSD) e Rogério Marinho (PL), Randolfe se diz convicto da vitória do candidato à reeleição, de 46 a 50 votos. “Ao final do dia de hoje confirmaremos a vitória de Rodrigo Pacheco com o apoio da ampla maioria dos senadores da casa”, analisa.
Para ele, a vitória é simbólica após os eventos criminosos de oito de janeiro. "Sobretudo, após os acontecimentos do oito de janeiro, onde os símbolos da República e da democracia brasileira foram vilipendiados, é, sobretudo, uma imposição democrática. O presidente Pacheco dirigiu o Senado e o Congresso Nacional no biênio mais difícil da história Republicana", indica.
Ao ser perguntado de uma possível derrota no Senado, Randolfe minimizou a possível situação. Para ele, o governo Lula saberá lidar com a oposição de Rogério Marinho. “Os tempos de presidente da República autocrata, que não respeita a independência dos poderes, que ofende a independência dos poderes e que não tem tratamento político democrático com a oposição, esse tempo acabou. Temos um presidente forjado na democracia, seja qual fosse o resultado, o presidente Lula tem uma orientação de não interferir, de dialogar com todos, inclusive com os que são oposição, mas dentro dos marcos do Estado Democrático de Direito”, afirma.