Saúde confirma primeira morte por varíola dos macacos em São Paulo

Paciente de 26 anos com imunodeficiência estava internado no Hospital Emílio Ribas

Da Redação, com Bruna Barboza, Rádio Bandeirantes

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (12) a primeira morte de paciente com varíola dos macacos no Estado. 

“O paciente tinha 26 anos, era da Capital, estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto, possuía diversas comorbidades e passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves”, diz a secretaria em nota.

São Paulo tem 3.861 casos confirmados da Monkeypox, “com redução do registro de novos casos nas últimas semanas”. 

O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. O vírus da Monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual.

Mais cedo, fontes ouvidas pela reportagem da Rádio Bandeirantes nesta quarta-feira (12) já apontavam que um paciente jovem com imunodeficiência, que estava internado no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista, desenvolveu a forma grave da doença e não resistiu. 

As outras 5 mortes pela doença no Brasil confirmadas anteriormente ocorreram em Minas Gerais e Rio de Janeiro. No domingo (9), a Prefeitura de Pouso Alegre (MG) informou a morte de um rapaz de 21 anos, que estava internado desde 11 de setembro. As outras vítimas no País tinham 31, 33 e 41 anos.

A primeira morte pela doença no Brasil foi em 28 de julho. O paciente, um homem de 41 anos com graves problemas de imunidade, estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte.

Monkeypox

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias.

A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Prevenção

  • Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
  • Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
  • Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
  • Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.

Sintomas da Monkeypox (MPX)

O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;

  • Caroço no pescoço, axila e virilhas;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Cansaço;
  • Dores musculares

Vacina

O Ministério da Saúde já recebeu o primeiro lote das vacinas contra a varíola dos macacos. A remessa - com 9,8 mil unidades - foi desembarcada no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) há uma semana.

Ao todo, o Brasil comprou aproximadamente 50 mil imunizantes via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os próximos lotes devem ser entregues até o fim de 2022. De acordo com orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), inicialmente os imunizantes vão ser utilizados para a realização de estudos.

Segundo o ministério, o estudo pretende gerar "evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança" da vacina contra a monkeypox e, desta forma, orientar a decisão de uso dos gestores.


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