O Hezbollah atacou Israel nesta terça-feira com uma poderosa arma: um vídeo de cerca de dez minutos revelando os alvos estratégicos em Haifa, gravado por um drone que penetrou e saiu do espaço aéreo israelense sem ser interceptado.
Os jornais de Israel on-line disponibilizaram o vídeo espião, com legendas em árabe identificando os alvos considerados preferenciais pelo Hezbollah, que tem mísseis com pontaria precisa para atingi-los. Os militares israelenses não comentaram a demonstração de vulnerabilidade a que foram expostos.
As imagens de Haifa, a 27 quilômetros da fronteira do Líbano, incluem uma base da marinha israelense, com navios de guerra ancorados, uma panorâmica do porto e sistemas de defesa Iron Dome e David’s Sling.
O vídeo no ar, Israel informou ter abatido três drones que cruzaram a fronteira do Líbano, nesta terça-feira. As sirenes antiaéreas soaram para alertar contra a queda de estilhaços em áreas urbanas. Vários operadores de drones foram também atacados pela força aérea no sul libanês. E uma advertência foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz:
“Estamos muito próximos do momento em que decidiremos mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano, duramente atingido”.
O presidente Biden enviou um conselheiro a Jerusalém e a Beirute para baixar a tensão beirando uma guerra. Nesta terça-feira, ele, Amos Hochstein, reuniu-se com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, que é aliado do Hezbollah, para passar o recado, deixado na segunda-feira em Jerusalém, com o primeiro-ministro Netanyahu: “É do interesse de todos resolver isso rapidamente e por meios diplomáticos. Ambas as coisas são alcançáveis e urgentes. ”
O Hezbollah informou ter atacado Israel 2.100 vezes desde outubro, quando se solidarizou com o Hamas na guerra em Gaza. Do lado israelense, esses ataques mataram dez civis e 15 soldados. Do lado libanês, 343 membros do Hezbollah, 63 agentes de grupos terroristas e um soldado.