Reina um prudente otimismo em Jerusalém com primeiros “sinais de progresso” nas negociações para troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, e cessar-fogo em Gaza. Um enviado especial da Casa Branca, Brett McGurk, vai se encontrar com o primeiro-ministro Netanyahu e o assessor de Segurança Nacional Tzachi Hanegbi, e depois o gabinete de guerra de Israel se reunirá para considerar as novas propostas.
Pelo lado do Hamas, Mousa Abu Marzouk, que participa das negociações, disse ao jornal egípcio Al-Ghad que “o principal obstáculo” para um acordo é a recusa israelense de retirar suas forças de Gaza, não apenas um cessar-fogo. Ele reiterou que o grupo está pretendendo trocar cada um dos 134 reféns por 500 prisioneiros palestinos, o que daria um total de 17 mil libertados. Não há confirmação desses números de parte de Israel.
Se a nova tentativa de acordo falhar, o ministro Benny Gantz lembrou que Israel vai invadir Rafah, a cidade ao sul de Gaza até agora poupada em quatro meses de guerra. A invasão deverá ocorrer durante o mês de Ramadã, que começará nos primeiros dias de março. Uma reunião em Paris, sobre as negociações pelos reféns e cessar-fogo, está marcada para esta sexta-feira, em Paris. Os chefes da espionagem israelense, egípcia e estadunidense participam dela com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani.