Rabino: Rússia treina norte-coreanos. Para a Ucrânia?

Rússia treina soldados norte-coreanos
Reuters

Houve um tempo em que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disparava mísseis balísticos que deixavam o Ocidente em alerta. Agora, ele envia tropas para treinamento na Rússia. Nos dois casos, o mistério: por quê? Num caso: será que ele ensaiava um ataque ao território americano? E no outro: será que seus soldados vão para a guerra contra a Ucrânia?

Pela primeira vez, nesta quarta-feira, um secretário do governo dos EUA, o da Defesa, Lloyd J. Austin III, confirmou o eventual reforço coreano ao esforço de guerra do líder da Rússia, Vladimir Putin. Chamou-a de “muito, muito séria”, capaz de ter consequências na Europa e na Ásia.

“O que exatamente eles estão fazendo lá? ”, perguntou Austin ao desembarcar da Ucrânia numa base militar da Itália. Se forem mercenários norte-coreanos, representam “uma indicação de que Putin pode estar em uma situação ainda mais difícil do que a maioria das pessoas imagina”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou um número: seriam 12 mil soldados. “Não que a Rússia esteja sem soldados, mas evita mobilizar seu próprio povo, o que resultaria muito impopular”. Ele acrescentou: “Isso quer dizer que as consequências dessa guerra já estão afetando a sociedade russa”. Os Estados Unidos calculam que já morreram ou ficaram feridos 600 mil soldados russos.

Outra questão sem resposta: o que ganha a Coreia do Norte lutando pela Rússia? Em primeiro lugar, dinheiro. Talvez, uma saída do isolamento de décadas. E ainda a transferência de tecnologia para melhorar o alcance de seus mísseis com ogivas nucleares. Elas têm um problema que russos e americanos resolveram, mas ele, ainda não: “como podem sobreviver ao intenso calor e vibração da reentrada na atmosfera”, como publicou nesta quarta-feira o jornal New York Times.

Além dos norte-coreanos, a Rússia está aceitando voluntários nepaleses e cubanos. E paga um bônus aos que se inscrevem.

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