O Reino Unido está em campanha para reconhecer um Estado palestino para alcançar um “progresso irreversível” na direção de uma solução de dois Estados, Israel e Palestina. A revelação é do ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, em entrevista à BBC. Ele acrescentou que está incluindo o apoio de governos aliados na campanha.

É uma volta ao passado. O Reino Unido começou a se envolver na Palestina em 1917, com a Declaração Balfour, que foi uma carta do secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur Balfour, para o líder da comunidade judaica, Barão de Rothschild, expressando o apoio do governo britânico ao plano sionista de colonizar a Palestina para estabelecer um “lar nacional judeu”.

Em 1922, a Liga das Nações aprovou o Mandato Britânico da Palestina, que executaria a Declaração Balfour. Com a Segunda Guerra Mundial, o “lar nacional judeu” passou a ser considerado uma forma de reparação ao Holocausto. A partir de maio de 1947 a ONU criou um comitê para elaborar um plano de partição no território sob o Mandato Britânico. Em 1948, os britânicos deixaram a Palestina e o Estado de Israel foi fundado.

De volta ao presente, a ideia de reconhecer um estado Palestino está na agenda também do partido trabalhista, na oposição no Reino Unido. O “secretário das sombras” das Relações Exteriores, David Lammy, disse no sábado à BBC: “Estamos comprometidos com o reconhecimento de um Estado palestino. Queremos trabalhar com parceiros internacionais para conseguir isso.” (Secretários das sombras são escalados pela oposição para acompanhar as pastas que cada um deles assumiria, se eleitos.)