Rabino: Putin reunirá governo russo para discutir atentado em Moscou

Por Moises Rabinovici

Rabino: Putin reunirá governo russo para discutir atentado em Moscou
Rabino: Putin reunirá governo russo para discutir atentado em Moscou
Reuters

Mesmo com quatro prisioneiros do Estado Islâmico acusados, por uma Corte Distrital russa, pelo atentado que matou 137 pessoas em Moscou, na sexta-feira à noite, o Kremlin continua divulgando que a Ucrânia também é culpada, sem dar provas, a não ser que prendeu os suspeitos perto da fronteira ucraniana. O EI-Khorasan, no Paquistão, assumiu a autoria do atentado.

O presidente Putin vai reunir seu governo hoje para discutir a maior tragédia em duas décadas, antecipada por um alerta dos EUA desprezado como “provocação para desestabilizar a sociedade russa”. O alerta foi dado em 7 de março e localizava um atentado em um “concerto”.

Os quatro prisioneiros foram apresentados à Corte Distrital com marcas de agressão no rosto, um deles com a orelha direita coberta por um pano, outro em cadeira de rodas, tirado da UTI de um hospital — 51 horas depois do início do atentado. O juiz afirmou que dois dos suspeitos admitiram a culpa, embora seus hematomas tenham sugerido que a confessaram, talvez, sob tortura. Os quatro são cidadãos do Tajiquistão.

Eleito recentemente para um quinto mandato, com a propaganda de ser o único russo capaz de defender a Rússia, Putin coleciona um histórico recente que o desmente: sua invasão da Ucrânia, que deveria ser concluída em uma semana, dura já mais de dois anos; o motim do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, assustou o Kremlin, com tanques avançando para Moscou; a morte suspeita de seu principal opositor Alexei Navalny, num presídio na Sibéria, e agora o atentado.

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