Rabino: premiê de Israel faz votos de Ano Novo e fala em derrotar o Hamas

Benjamin Netanyahu quer continuar a guerra contra o Hamas, em Gaza, até a "vitória absoluta"

Por Moises Rabinovici

Premiê de Israel faz votos de Ano Novo e fala em derrotar o Hamas
Reprodução

Os votos de ano novo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: continuar a guerra contra o Hamas, em Gaza, até a "vitória absoluta". Ele discursou no horário nobre da TV antes da virada do ano, que lá será (foi) comemorado às 19 horas do Brasil.

A "vitória absoluta" poderá ser obtida, segundo Netanyahu, "em mais muitos meses". Ele também disse que vai libertar os reféns que continuam nos túneis do Hamas. O maior aliado de Israel, os Estados Unidos, têm insistido em reduzir a intensidade da guerra, encerrá-la o mais rápido possível e colocar a Autoridade Palestina, de Mahmud Abas, para administrar as ruínas de Gaza, e depois negociar a criação de um estado palestino ao lado de Israel.

É tudo o que Netanyahu não quer. Durante a semana, ele também sugeriu que não renunciará ao final da guerra, como se as sondagens em que os israelenses o rejeitam não tenham importância, e como se a Comissão de Inquérito que investigará sua responsabilidade no massacre do Hamas não vá culpá-lo, obrigando-o a renunciar. Netanyahu ainda é réu em três processos de corrupção.

O presidente Joe Biden sabe que Netanyahu não aceita compartilhar Israel com a Palestina, e que inclusive os ministros mais radicais de seu governo já falam em colonizar Gaza. Os EUA deverão exercer enorme pressão para seguir o roteiro planejado, considerado fundamental para derrotar Donald Trump nas eleições do ano novo, se ele for candidato.

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, mandou neste último dia de 2023 um pedido em dez línguas pela libertação dos 133 reféns de Gaza.

Neste 86 dia de guerra, três embarcações dos Houthis do Iêmen foram afundadas no Mar Vermelho pela aviação americana, quando se preparavam para abordar um navio-container da Maersk Hangzhou, de bandeira da Singapura e propriedade dinamarquesa. Dez tripulantes dos barcos foram mortos quando tentavam derrubar um helicóptero que os observava. 

Israel atacou o Hezbollah no sul do Líbano e em Aleppo, na Síria. E retirou cinco brigadas de Gaza. O balanço do 86 dia da guerra: mais dois soldados israelenses foram mortos em Gaza, elevando o total a 172, desde o início da guerra. Em seu último relatório, o Ministério da Saúde do Hamas informou a morte de 20.674 palestinos e a destruição de 70% das casas.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.