Rabino: “Não” de Biden e de Netanyahu. O impasse para um acordo continua

Rabino: “Não” de Biden e de Netanyahu. O impasse para um acordo continua
Biden sobe tom contra Israel sobre invasão em Rafah
REUTERS/Kevin Lamarque

Com uma única palavra, o presidente Joe Biden respondeu se o premiê Benjamin Netanyahu estava fazendo o suficiente para concluir um acordo para libertar os reféns: “NO”.

Com uma frase, o premiê Netanyahu respondeu qual mensagem receberia o Hamas se Israel ceder nas negociações depois da morte dos seis reféns cujos corpos foram resgatados no fim de semana em Gaza: “Mate reféns e você ganhará concessões”.

Os Estados Unidos estão preparando com o Egito e o Catar um novo plano de cessar-fogo e libertação de reféns. “É pegar ou largar”, como tem sido antecipado.  A resposta de Netanyahu foi confirmada nesta segunda-feira. Com Israel paralisado por uma greve geral, milhares de israelenses nas ruas e bloqueando estradas, o “NO” de Biden, o bloqueio de armas britânicas, críticas no próprio governo e o enterro emocionado do americano-israelense morto entre os seis reféns, ele continuou recusando a retirar as tropas do Corredor Filadélfia, na fronteira de Gaza com o Egito, o maior impasse para um acordo com o Hamas.

No enterro de Hersh Goldberg-Polin, o presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu “perdão em nome do estado de Israel: peço desculpas porque o país para o qual você imigrou aos sete anos, envolto na bandeira israelense, não conseguiu mantê-lo seguro”. O que acrescentou parecia ter por endereço o premiê Netanyahu: “Os tomadores de decisão devem fazer todo o possível, com determinação e coragem, para salvar aqueles que ainda podem ser salvos, e trazer de volta todos os nossos filhos e filhas, nossos irmãos e irmãs. Este não é um objetivo político, e não deve se tornar uma disputa política. É um dever moral, judaico e humano supremo do estado de Israel para com seus cidadãos. ”

Netanyahu também pediu perdão às famílias dos seis reféns trazidos mortos de Gaza. Taxou de “vergonhosas” as críticas que tem recebido. Com um mapa à mão, ele disse a seus ministros, numa reunião matinal do governo: “Só o controle israelense impedirá o Hamas de se rearmar. Se partirmos, não poderemos voltar”. Ele ainda prometeu: “Israel não permitirá que este massacre passe de braços cruzados. O Hamas pagará um alto preço por isso”.

No cemitério de Jerusalém, lotado, Rachel Goldberg, ao lado do marido, pais do refém morto Hersh, declarou: “Finalmente, meu doce garoto; finalmente, finalmente, finalmente, você está livre”.

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