Rabino: Fim do mistério da explosão dos pagers

Por Moises Rabinovici

Feridos por explosões de pagers são levados de ambulância
Feridos por explosões de pagers são levados de ambulância (Foto: Mohamed Azakir/Reuters)

O mistério dos pagers do Hezbollah que explodiram no Líbano e na Síria, matando 9 pessoas e ferindo 3 mil, está esclarecido, de acordo com o jornal New York Times. Israel os interceptou quando foram despachados da fábrica Gold Apollo, em Taiwan, ao comprador libanês, recheou-os com 30 a 60 gramas de explosivos, incluiu um interruptor para acionamento remoto, e os deixou prosseguir para o destinatário, que os distribuiu para seus membros, inclusive na Síria e no Irã.  

Os pagers foram comprados porque o líder do Hezbollah, o Partido de Alá, Hassan Nasrallah, limitou drasticamente o uso de celulares, vulneráveis à vigilância israelense, quando começou a guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023. A maioria dos pagers era do modelo AP924, embora alguns outros de três modelos diferentes também foram encomendados.

Às 3h30 da tarde, uma mensagem chegou aos pagers, parecida às enviadas pela liderança do Hezbollah. Foi ela o detonador, segundo duas autoridades não identificadas disseram ao New York Times. Israel ainda não comentou o ataque. A análise da força e velocidade das explosões deixa claro que foram causadas por um explosivo, e não por baterias aquecidas, a primeira hipótese formulada.

O analista de segurança cibernética israelense, Keren Elazari, disse ao Times: “Este ataque atingiu o Hezbollah no calcanhar de Aquiles porque destruiu um meio central de comunicação. Já vimos esses tipos de dispositivos, pagers, como alvos antes, mas não em um ataque tão sofisticado”.

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