O rabino Uri Lam, da Congregação Beth-El, entoou durante uma celebração judaica conhecida como shabat em uma sinagoga de São Paulo, neste sábado (18), o cântico indígena que Bruno Araújo Pereira cantou na Amazônia e que viralizou na internet. Veja abaixo:
O professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel, Michel Gherman, explica que "na tradição judaica há uma prece pelos mortos. Se chama kadish. É a prece em que os que ficam homenageiam os que se foram. Filhos, alunos e amigos costumam fazer o kadish para seus entes queridos".
“O kadish é uma espécie de santificação da vida. Não fala da morte, mas santifica o que se fez na terra. O judaismo secular, inclusive tem formas laicas de kadish .”
“Não havia me dado conta, mas o indigienista Bruno, esquartejado por uma política assassina e de destruição da Amazônia, havia deixado, antes de morrer, seu kadish. Ele aparece em um vídeo fazendo um canto dos povos indígenas da região. Esse é seu kadish! Isso é a força do que ele fez em vida.”