O Equador está em guerra contra 22 bandos criminosos, ou "terroristas", depois da fuga da prisão de dois chefes de quadrilhas, Fito (Los Choneros) e Pico (Los Lobos), a invasão de uma TV estatal, exibida ao vivo; policiais sequestrados; bombas e carros queimados em Esmeraldas; oito mortos em Guayaquil e um ataque a uma universidade — o que determinou a suspensão nacional das aulas.
O presidente mais jovem do Equador, Daniel Noboa, 36, empossado em outubro, manteve o estado de exceção decretado na segunda-feira, por 60 dias, com toque de recolher de seis horas, entre 23h e 5h, e pôs tropas nas estações de metrô e no palácio presidencial.
Ele declarou: ??"Não vamos negociar com terroristas nem descansaremos até devolvermos a paz aos equatorianos".
O presidente atribuiu o ataque da bandidagem às suas ações para "recuperar o controle oficial" dos presídios e ao seu projeto de construir outros dois — um deles em terra indígena que produz petróleo, o que deixou os índios em pé de guerra.
No ano de 2023 foram registrados 7,8 mil homicídios e a apreensão de 220 toneladas de drogas.