Galeria de Fotos
Quem são os mais ricos do Brasil em 2022 ? Veja o ranking 1/12
O empresário Jorge Paulo Lemann retomou a primeira posição na lista dos maiores bilionários do Brasil em 2022, divulgada pela revista Forbes. No ano passado, Lemann havia perdido a primeira posição no ranking para Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook ao lado de Mark Zuckerberg. Lemann fundador da AB Inbev, dona da Ambev, recupera a liderança apesar de ter sofrido uma queda significativa em seu patrimônio, que passou de R$ 96,5 bilhões em 2021 para R$ 72 bilhões em 2022.
Ao todo, são 290 brasileiros no ranking da Forbes deste ano. No top 10, além de Lemann e Eduardo Saverin, aparecem nomes como os de Vicky Safra (que lidera o ranking de mulheres mais ricas do Brasil em 2022), André Esteves e Luciano Hang.
Em meio a um contexto mundial de pós-pandemia e inflação generalizada, Lemann não foi o único bilionário brasileiro a ver sua fortuna diminuir. De acordo com a Forbes, as perdas no mercado fizeram com que 26 nomes caíssem do ranking neste ano, e o número de novos bilionários foi o menor da história brasileira --apenas sete se juntaram à lista.
A publicação destaca ainda que 75% das fortunas dos brasileiros mais ricos apresentaram decréscimo neste ano devido à cotação das ações de suas companhias na data de corte para a lista, no final de maio. A lista tem como base a participação de cada um dos bilionários em empresas listadas em bolsas de valores.
Veja a seguir quem são os 10 mais ricos do Brasil em 2022:
1. Jorge Paulo Lemann
- R$ 72 bilhões
- Idade: 82 anos
- Nascimento: Rio de Janeiro
- Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital
Por meio do fundo de investimentos 3G Capital, Lemann é acionista controlador da gigante cervejeira AB Inbev, dona da Ambev, e detém participação em conglomerados internacionais como Kraft Heinz e Restaurant Brands International, das marcas Burger King, Tim Hortons e Popeyes.
Ele começou uma parceria de sucesso com Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira ainda na década de 1970, quando os três trabalharam juntos no Banco Garantia. O escopo de atuação se expandiu com a compra das Lojas Americanas, em 1982, e da cervejaria Brahma, em 1989. Anos mais tarde, a junção com a Antarctica criou a Ambev, que se tornou a maior cervejaria do mundo após a fusão com a empresa belga Interbrew --dando origem à AB Inbev. No Brasil, Lemann atua ainda no mercado imobiliário por meio da São Carlos Empreendimentos.
2. Eduardo Luiz Saverin
- R$ 52,8 bilhões
- Idade: 40 anos
- Nascimento: São Paulo
- Origem do patrimônio: Facebook
Saverin, que chegou a ter sua fortuna avaliada em R$ 97,5 bilhões no ano passado, caiu para o segundo posto no ranking após forte queda na cotação de sua fatia acionária na Meta, dona do Facebook. Neste ano, seu patrimônio foi avaliado em R$ 52,8 bilhões. O cofundador do Facebook vive atualmente em Cingapura e tem uma empresa de fundos de investimentos multimercados chamada B Capital.
3. Marcel Herrmann Telles
- R$ 48 bilhões
- Idade: 72 anos
- Nascimento: Rio de Janeiro
- Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital
Telles é um dos sócios de Jorge Paulo Lemann na 3G Capital e em outros empreendimentos. Por meio da Innova Capital, ele também é grande acionista da Clear Sale, empresa de soluções antifraude e score de crédito que fez seu IPO na B3 em julho de 2021.
4. Carlos Alberto da Veiga Sicupira e família
- R$ 39,85 bilhões
- Idade: 72 anos
- Nascimento: Rio de Janeiro
- Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital
Junto a Lemann e Telles, Sicupira também é sócio da 3G Capital. Com fama de durão, o empresário ficou com a missão de reorganizar as Lojas Americanas quando esta foi comprada pelo Banco Garantia e promoveu corte de gastos para rebalancear os números da empresa.
Ao lado de Paulo Alberto Lemann, filho de Jorge Paulo Lemann, ele participa do conselho de administração das Lojas Americanas, que recentemente fundiu suas operações com a B2W.
5. Jacob, Esther, Alberto e David Safra
- R$ 38,9 bilhões
- Idade: 46 anos
- Nascimento: São Paulo
- Origem do patrimônio: Banco Safra
Os irmãos são os herdeiros de Joseph Safra, que morreu em dezembro de 2020. Juntos, eles herdaram cerca de metade do patrimônio do banqueiro. Jacob, o irmão mais velho, cuida das operações internacionais do Grupo Safra, como o banco suíço J. Safra Sarasin, o Safra National Bank de Nova York e o setor imobiliário da família nos Estados Unidos. David, por sua vez, administra o Banco Safra no Brasil.
Esther é educadora e dirige a escola Beit Yaacov, em São Paulo. Já Alberto deixou o conselho do Banco Safra em 2019 para se dedicar à ASA Investments, uma empresa de gestão de recursos. Ele chegou a contestar a divisão da herança deixada pelo pai na justiça de Nova York e, segundo a agência Bloomberg, estaria perto de chegar a um acordo extrajudicial com a família.
6. Vicky Sarfati Safra
- Fortuna: R$ 37,5 bilhões
- Idade: 69 anos
- Nascimento: Grécia
- Origem do patrimônio: Banco Safra
Vicky Safra é viúva de Joseph Safra e herdou a outra metade do patrimônio do banqueiro após a sua morte em 2020. Ela é a mãe de Jacob, Esther, Alberto e David Safra.
Nascida na Grécia, Vicky chegou ainda muito nova ao Brasil e casou-se com Safra em 1969. Hoje, mora na Suíça. Apesar de sua fortuna, é considerada bastante discreta. Ela comanda a Fundação Vicky e Joseph Safra, que desenvolve trabalhos filantrópicos nas áreas de educação, artes e no auxílio de hospitais.
7. André Santos Esteves
- Fortuna: R$ 29,7 bilhões
- Idade: 53 anos
- Nascimento: Rio de Janeiro
- Origem do patrimônio: BTG Pactual
O empresário André Santos Esteves é o principal acionista individual do BTG Pactual, banco que tem participação acionária em diversas companhias brasileiras --entre elas, o Banco Pan. Recentemente, Esteves adquiriu a Universa, que reúne a casa de análise Empiricus e a gestora Vitreo.
Esteves foi um dos empresários que teve o nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato e chegou a ficar preso por quase três semanas em 2015. Em 2018, ele foi absolvido por falta de provas das acusações de obstrução à Justiça e retornou ao grupo que controla o BTG.
8. Luciano Hang
- Fortuna: R$ 24,5 bilhões
- Idade: 59 anos
- Nascimento: Santa Catarina
- Origem do patrimônio: Havan
Hang é dono da rede de lojas de departamentos Havan, que tem mais de 100 lojas físicas espalhadas pelo país. Ele fundou a empresa em 1986 junto ao ex-sócio Vanderlei de Limas. Hoje, controla sozinho praticamente toda a companhia.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Hang é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito dos atos antidemocráticos. Ele é acusado de financiar atos pró-Bolsonaro, realizados no feriado de 7 de Setembro de 2021, que entre outros ataques pregaram a destituição de ministros do Supremo, propagaram ameaças ao Congresso e pediram a intervenção das Forças Armadas no país.
9. Alexandre Behring da Costa
- Fortuna: R$ 24 bilhões
- Idade: 55 anos
- Nascimento: Rio de Janeiro
- Origem do patrimônio: 3G Capital
O investidor Alexandre Behring Costa é um dos cofundadores da 3G Capital junto a Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto da Veira Sicupira e Roberto Thompson Motta.
Ele integra os conselhos de administração da Kraft Heinz e da Restaurant Brands International, dona das redes Burger King e Tim Hortons. Abriu sua primeira empresa em 1989, a Modus OSI Tecnologias, onde ficou até 1993. Em 1994, começou na GP Investimentos, de Lemann, Telles e Sicupira, com quem mantém a parceria nos negócios até hoje.
10. Joesley Mendonça Batista e Wesley Mendonça Batista
- Fortuna: R$ 22,5 bilhões (cada)
- Idade: 50 anos e 52 anos, respectivamente
- Nascimento: Goiás
- Origem do patrimônio: JBS
Os irmãos Joesley e Wesley Batista são filhos de José Batista Sobrinho, fundador da JBS. Eles são acionistas controladores da companhia por meio da J&F Investimentos.
Em 2017, Joesley foi um dos protagonistas de um escândalo envolvendo o então presidente Michel Temer (MDB). Um áudio vazado de uma conversa entre Temer e o bilionário indicava que o presidente estaria dando aval para uma suposta compra de silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Temer negou a acusação. O material fazia parte de uma delação premiada de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato.