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Quem são os bandidos mais procurados do Brasil 1/10
Apontado como um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foragido desde 2020, o traficante André do Rap é um dos principais nomes que aparece na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além dele, figuram no ranking os nomes de Sônia Aparecida Rossi, a Maria do Pó, que está foragida desde 2006, e de criminosos conhecidos como João Cabeludo, Caipira e Baixinho.
A maioria dos procurados foi condenada ou é suspeita pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além de atuarem no Brasil, muitos têm envolvimento em atividades criminosas em países do Mercosul.
Criada em 2020 pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, a lista pode ser consultada no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Procurada pela Band, a pasta não informou quando ela foi atualizada pela última vez.
Veja a lista dos criminosos mais procurados pela polícia:
André do Rap
André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, é apontado como um dos chefes do PCC. Condenado pela Justiça a mais de 25 anos de prisão por tráfico nacional e internacional de drogas, ele também é acusado de envolvimento com o crime de lavagem de dinheiro. O foragido também aparece na lista de criminosos procurados pela Interpol.
Nascido em Santos (SP), André do Rap é considerado o principal elo entre o PCC e a máfia italiana 'Ndrangheta, que controla a distribuição de cocaína na maior parte da Europa. Para a PF (Polícia Federal), ele é o principal responsável pelas remessas de toneladas da droga que são enviadas para a Europa a partir do porto de Santos.
André do Rap chegou a ser preso em setembro de 2019, em uma operação feita pela Polícia Civil de São Paulo em um condomínio de luxo em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro.
Em outubro de 2020, foi solto graças a um habeas corpus concedido por Marco Aurélio Mello, então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Horas depois, a Corte decidiu suspender a decisão de Mello e determinou o retorno de André do Rap à prisão, mas ele nunca mais foi encontrado.
Tandera
Danilo Dias Lima, o Tandera, é hoje o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro. Ele era um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que comandava o grupo conhecido como Liga da Justiça – a maior milícia do Rio – e foi morto pela polícia em 2021.
O apelido de Lima vem de uma tatuagem que ele tem com o olho de Tandera, do desenho Thundercats. Segundo a polícia, ele atua em Seropédica (RJ) e em outros pontos da Baixada Fluminense, como o Bairro K-32, em Nova Iguaçu (RJ). A suspeita é de que ele lave dinheiro proveniente de atividades criminosas da milícia adquirindo bens de luxo como mansões, cavalos de raça e carros.
Xixi
Sergio Luiz de Freitas Filho é conhecido pelos apelidos de Mijão, Xixi, Filha, Wilian e 2X. Segundo a polícia, ele faz parte do PCC, atuando como negociador para a compra de cocaína e pasta-base da Bolívia. É também apontado como o responsável pela logística de translado de cocaína para o Brasil.
Tião
Lourival Máximo da Fonseca, conhecido como Tião, é considerado um dos principais traficantes da Rota Caipira (Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo). Segundo a polícia, ele abastece essas regiões com cocaína e armas desde a década de 1990. Já fez uso dos nomes falsos Sebastião Miranda de Oliveira e Andress Gonçalves de Oliveira, tendo utilizado até mesmo números de CPF diferentes para cada uma dessas identidades.
João Cabeludo
João Aparecido Ferraz Neto, o João Cabeludo, é apontado como o principal traficante de drogas do Vale do Paraíba (SP), tendo ainda envolvimento com o roubo a carros fortes na região. Ele também seria um dos chefes do PCC.
Em junho de 2022, parentes e pessoas ligadas ao traficante tiveram casas, carros de luxo e joias apreendidas em uma operação da Polícia Civil em 11 cidades, entre elas São José dos Campos (SP), onde ele nasceu. De acordo com a polícia, foram cerca de R$ 52 milhões em apreensões. A operação foi deflagrada após oito meses de investigação que apuraram um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico ligado a João Cabeludo.
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Polícia apreende R$ 60 milhões em operação contra João Cabeludo 1/10
Somadas, suas condenações na Justiça correspondem a mais de 500 anos de prisão. De acordo com a polícia, é possível que ele esteja vivendo hoje na Bolívia.
Vídeo: Operação apreende bens ligados a traficantes
Maria do Pó
Única mulher na lista dos criminosos mais procurados do Brasil, Sônia Aparecida Rossi é conhecida pelos apelidos Maria do Pó, Sandrinha, Professora, Tata e Tia. Considerada a maior traficante de cocaína da região de Campinas (SP), ela está foragida desde 2006, quando fugiu da Penitenciária Feminina Sant'Ana, em São Paulo, sem deixar vestígios.
A traficante, segundo a polícia, é ligada ao PCC e seria responsável pelo tráfico de drogas em pelo menos 20 favelas da capital paulista. Suas condenações na Justiça somam mais de 54 anos de prisão.
Maria do Pó também é suspeita de envolvimento no desaparecimento de 340 kg de cocaína do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas, em 1999. A droga, à época avaliada em R$ 400 mil, estava sob responsabilidade de policiais e sumiu apenas seis dias após a apreensão em uma chácara em Indaiatuba (SP).
Leozinho
Leomar Oliveira Barbosa, o Leozinho ou Playboy, é membro do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, e possui conexão com as Farc, segundo a polícia. Ele também teria sido braço direito de Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
É acusado de ser um dos operadores da chamada Conexão Atibaia, onde era um dos responsáveis pela logística de operações envolvendo o envio de cocaína do Paraguai para um aeroclube em Atibaia (SP).
Em 2018, foi solto indevidamente do Presídio Estadual de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, após ter recebido um alvará de soltura em um processo. O criminoso, no entanto, possuía outras duas condenações na Justiça – e, por isso, não deveria ter deixado a prisão. A Justiça chegou a emitir um novo mandado de prisão contra ele, mas Leozinho não se entregou e nunca mais foi encontrado.
Caipira
Alvaro Daniel Roberto, o Caipira, é considerado um dos maiores traficantes do Brasil, tendo ligações com o narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadia e o cartel do Vale do Norte, na Colômbia.
Segundo a polícia, ele fazia parte do núcleo de uma organização responsável pelo translado de cocaína vinda do Paraguai e da Bolívia para o Brasil, sendo responsável pela distribuição do produto no estado de São Paulo.
Em 2013, foi preso em Fortaleza, mas obteve transferência para Juiz de Fora (MG), onde conseguiu prisão domiciliar. O traficante, no entanto, ficou menos de três meses no endereço indicado à Justiça. Desde então, está foragido.
Vídeo: Filho de megatraficante "O Caipira" é preso e facilita as buscas pelo pai
Juanil Miranda
Juanil Miranda Lima é ex-guarda civil municipal de Campo Grande e é acusado de ser integrante de uma milícia ligada ao jogo do bicho.
Foi condenado pelo Tribunal do Júri pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo, assassinado enquanto esperava a filha em frente a uma escola infantil em 2013. Também é suspeito de envolvimento na morte de Orlando da Silva Fernandes “Bomba”, ex-chefe de segurança do narcotraficante Jorge Rafaat Tuonami, e do estudante Matheus Coutinho Xavier, filho do ex-policial militar Paulo César Teixeira Xavier.
O Baixinho
Willian Alves Moscardini, o Baixinho, é suspeito de participar de um roubo a uma empresa de valores em Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil, de onde foram subtraídos US$ 11 milhões. O crime aconteceu em 2017, quando mais de 30 bandidos fortemente armados atacaram a sede da empresa, deixando um policial paraguaio morto e outras quatro pessoas feridas. Segundo a polícia, ele também tem envolvimento tem envolvimento no roubo a um centro de distribuição em Louveira (SP).