Quem são as brasileiras que foram presas injustamente na Alemanha

Jeanne Paolini e Kátyna Baía embarcaram em viagem para Europa em 5 de março, foram vítimas de esquema de traficantes e ficaram presas em Frankfurt

Da redação

As brasileiras Jeanne Paolini e Kátyna Baía, foram soltas nesta terça-feira (11), após passarem um mês presas na Alemanha. As malas das duas foram trocadas por bagagens com drogas. Saiba mais no vídeo acima.

O retorno ao Brasil será definido nesta quarta-feira (12).  A advogada de defesa das brasileiras, Chayane Kuss de Souza, informou em entrevista para a BandNews FM que a volta não foi estabelecida ainda para que elas possam ser bem atendidas e tenham o momento com a família.

Familiares das duas viajaram à Alemanha. Irmã de Kátyna, Lorena Baía compartilhou fotos mostrando os parentes reunidos após a soltura. Veja foto abaixo.

Acho que nem tenho palavras pra legenda de hoje. Meu coração só tem espaço pra gratidão!, escreveu.

A defesa das brasileiras apontou que as duas foram completamente inocentadas na Alemanha. O Ministério Público do país pediu o arquivamento do processo por tráfico internacional de drogas.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, o órgão e o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviaram as provas solicitadas pela Justiça alemã por meio de cooperação jurídica internacional.

Quem são as brasileiras?

Jeanne Paolini é formada em Biologia pela Universidade Católica de Goiás e em Medicina Veterinária pela universidade federal do estado. Ela atua com clínica e cirurgia em animais.

Kátyna Baía é bacharelada e licenciada em Educação Física e fundou uma academia em Goiânia. Além de estar à frente do negócio, presta consultorias para carreira de personal trainer e captação de patrocínio esportivo.

As duas moram na capital goiana. Em 5 de março, saíram da cidade rumo à Alemanha, com escala em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. No local, as malas das brasileiras foram trocadas.

Entenda a troca das malas

Depois de despachadas, as bagagens são levadas para uma área restrita. Lá, funcionários de empresas terceirizadas tiravam as etiquetas com dados dos passageiros e colocavam em malas com drogas, evitando que elas passassem pelo raio-x.

As investigações apontam que as goianas teriam sido vítimas de um esquema envolvendo funcionários do Aeroporto de Guarulhos. Sete contratados de empresas terceirizadas foram presos.  

De acordo com a Polícia Federal, as brasileiras levavam bagagens diferentes das apreendidas pelas autoridades alemãs, nas quais foram encontrados 40 quilos de cocaína.  

A advogada das duas, Luna Lara de Almeida, apontou que duas alegaram prontamente que não reconheceram a bagagem, em entrevista à rádio BandNews FM na segunda-feira (10).  

"Algemaram os pés e mãos [das brasileiras] e falaram em alemão, então elas não entenderam o que estava acontecendo. Elas insistiram para que falassem em inglês, e disseram 'vocês estão sendo presas por tráfico internacional de drogas, porque na mala de vocês tem cocaína'. Elas reconheceram imediatamente que não era a mala que tinham despachado”.  

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