O médico Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35 anos, foi assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro na madrugada desta quinta-feira (5).
Irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), o ortopedista estava na cidade para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.
Santista apaixonado, Diego usava uma camisa do time quando foi morto. "Nossos sentimentos aos amigos e familiares das vítimas. A nação santista está com vocês", publicou o clube nas redes sociais.
Além de Diego, outros três médicos saíram de São Paulo e estavam hospedados num hotel na Barra da Tijuca para o congresso. Marcos de Andrade Corsatto, de 63 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33, também foram mortos.
O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, 32, foi baleado, mas está internado em estado estável. Imagens mostram o momento em que cerca de três homens saem de um carro branco e, na sequência, atiram contra as vítimas. Assista abaixo.
Profissional dedicado e apaixonado pelo Santos
- Diego se formou em Medicina na Universidade do Oeste Paulista em 2015 e era especialista em cirurgia do pé e tornozelo, além de reconstrução óssea.
- "Qual tipo de convite você faz para seus amigos num sábado? Beber? Comer? Aqui é operar", escreveu em legenda de foto das redes sociais do ano passado.
- No registro, ele estava com Perseu Ribeiro e Daniel Sonnewend médicos que também foram vítimas do ataque a tiros.
- Apaixonado pelo seu time do coração, já deu entrevista em canal de Youtube especializado no Santos.
- Além do Santos, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, em que Diego foi residente, lamentou a morte dos três profissionais assassinados.
- Há uma semana, havia viajado para Buenos Aires com a namorada.
- Além de viagens, Diego tinha a música como hobby. Sabia tocar violão e gostava de ir a shows, especialmente de rock e MPB.
- Guns N' Roses, Caetano Veloso, Alceu Valença e Skank estão entre os artistas que o médico foi ver ao vivo.
- Para a irmã, Sâmia Bomfim, Diego era "um cara incrível".
Sempre muito alegre, inteligente, muito carinhoso e dedicado. Um excelente médico. Todos os pacientes sempre o elogiavam. Muito amigo, companheiro. Uma pessoa incrível, disse às lágrimas em entrevista ao Brasil Urgente nesta quinta-feira.
- Além de Sâmia, o médico deixa outra irmã, Dayane, os pais Antonia e Domingos Bomfim, o sobrinho de dois anos, Hugo Bomfim, e a namorada, Renata Paz.
Possível motivação para o crime
A principal linha de investigação da polícia do Rio de Janeiro é que as vítimas foram executadas por engano. Os investigadores trabalham com a hipótese que o alvo era filho de um dos principais chefes da milícia da região de Jacarepaguá, Taillon, que se parece com Perseu, uma das vítimas.
Em entrevista, Sâmia pediu cuidado com as hipóteses levantadas até agora. “Eu tive contato com o Ministério da Justiça, que já colocou a Polícia Federal para acompanhar as investigações no Rio de Janeiro. Ainda é muito prematuro qualquer conclusão".