Quem é Melania Trump, primeira-dama dos Estados Unidos pela segunda vez

A ex-modelo é esposa do republicano Donald Trump, que venceu a democrata Kamala Harris, e se tornará o 47º presidente dos EUA

Da Redação

Melania e Donald Trump
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Com 276 delegados vencidos até a manhã desta quarta-feira (6), Donald Trump voltará à Casa Branca após perder a eleição de 2020. O ex-presidente bateu Kamala Harris e se tornará o 47º presidente dos Estados Unidos após uma eleição que teve ambos os candidatos empatados nas pesquisas até o último momento.

Com passagem discreta pela Casa Branca, entre 2017 e 2021, Melania Trump retorna à residência oficial da Presidência, em Washington, com Donald Trump em 2025, mais uma vez como primeira-dama

Quem é Melania Trump?

Atualmente com 54 anos, Melania nasceu em Novo Mesto, na Eslovénia, filha de Viktor, um mecânico e motorista, e de Amalika, uma trabalhadora na indústria têxtil. Melania cresceu com a irmã, Ines, e descobriu mais tarde que tinha um meio-irmão mais velho, Denis, fruto de uma relação anterior do pai.

Melanija Knavs frequentou a Universidade de Liubliana durante um ano, antes de desistir para se dedicar à carreira de modelo, na qual teve sucesso primeiramente na Eslovénia e, mais tarde, em Milão e Paris sob o nome de Melania Knauss.

Ela se tornou modelo e se mudou para Nova York em 1996. Entre seus trabalhos como modelo, ela fez um ensaio nua, ao lado de outra colega, para a revista francesa "Max", em 1997. Esquecidas pela opinião pública, essas imagens foram trazidas à tona 21 anos depois pelo jornal "New York Post".

Em 1998, conheceu Donald Trump, e os dois começaram a namorar. Eles se casaram em 2005 e, após um ano, ela se tornou cidadã norte-americana.

Foi o primeiro casamento dela, mas o terceiro dele — o que, anos mais tarde, a tornou a primeira terceira esposa a assumir como primeira-dama. No ano seguinte, ela deu à luz Barron William Trump, seu primeiro filho e o quinto do marido. 

O casal resistiu a relatos de infidelidade, principalmente um alegado caso entre Donald Trump e a atriz pornográfica Stormy Daniels, que se tornou público em janeiro de 2018. Stormy Daniels disse que tiveram sexo consensual num quarto de hotel em julho de 2006, mas Trump negou. 

Quando a notícia do alegado caso e um pagamento secreto à atriz foram divulgados, Melania cancelou uma viagem com o marido ao Fórum Econômico Mundial e manteve-se discreta durante vários dias, não comentando publicamente o escândalo.

Vida na política 

Conhecida por ter sido uma primeira-dama discreta, a ex-modelo fez aparições pontuais na campanha e presidência do marido. Melania discursou na Convenção Nacional Republicana em julho de 2016, quando foi acusada de plagiar expressões ditas anteriormente por Michelle Obama. O redator do discurso chegou a se desculpar, mas Melania não.

Meses depois, voltou a público para defender Trump de uma série de acusações de agressão e assédio sexual. Já como primeira-dama, se dedicou à iniciativa Be Best, cujos objetivos eram cuidar da saúde mental dos jovens, combater o cyberbullying e proteger os mais vulneráveis ao uso de drogas.

Ao final do primeiro mandato de Trump, Melania rompeu com a tradição de tomar um chá e passear com a então futura primeira-dama, Jill Biden, antes de sair do posto. A tradição é comum entre as primeiras-damas desde 1950. O costume consiste em apresentar o segundo e o terceiro andar para a próxima moradora da residência e lhe desejar boas-vindas.

Após deixar a Casa Branca, a ex-modelo passou a comercializar joias e NFTs. Desde 2021, Melania tem se dedicado à venda de objetos digitais autenticados, os chamados NFTs. 

A ideia era que, através da plataforma, crianças recém-saídas de orfanatos pudessem aprender sobre computação e desenvolvimento de software. O produto mais recente da coleção, vendido por US$ 250, é um colar em homenagem às mães associado a um dos NFTs da ex-modelo.

“Melania”, o livro de memórias 

O livro da primeira-dama, onde ela finalmente mostra suas opiniões ao público, foi lançado apenas um mês antes das eleições presidenciais nos EUA. Na obra, Melania defende o aborto, por exemplo:

“Por que alguém, além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com seu próprio corpo? O direito fundamental de liberdade individual de uma mulher, à sua própria vida, concede a ela a autoridade para interromper a gravidez, se assim desejar", escreveu Melania. "Restringir o direito de uma mulher de escolher se deseja interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controle sobre o próprio corpo. Carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta."

Embora Trump pessoalmente nunca tenha se manifestado sobre o assunto, para evitar danos à sua popularidade, diversas figuras importantes do seu entorno já deram declarações radicais. 

Seu vice, o senador JD Vance, disse, em 2021, se opor ao aborto mesmo em caso de estupro e incesto: "Dois erros não fazem um acerto", justificou na época.

No livro, Melania, que é imigrante, também comentou sobre a promessa de Trump, de promover a maior deportação em massa da História se eleito: “Discordâncias políticas ocasionais entre mim e meu marido”, escreveu ela, são "parte de nosso relacionamento, mas eu acreditava em abordá-las em particular em vez de desafiá-lo publicamente".

Melania não participou das campanhas eleitorais do marido em 2024. No entanto, ela compareceu à Convenção Nacional Republicana, em julho, em Milwaukee, no Wisconsin, para demonstrar apoio a Trump, embora não tenha discursado.

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