Luigi Mangione ganhou destaque nacional e internacional após sua prisão, na segunda-feira (9), sob a acusação de assassinar a tiros Brian Thompson, CEO da United Healthcare – maior provedora de planos de saúde dos EUA. Os promotores de Nova York formalizaram a acusação de homicídio contra Mangione nesta terça-feira (10).
Mangione foi preso em um McDonald’s em Altoona, Pensilvânia, após ser reconhecido por autoridades. De acordo com a NBC, ele portava uma identificação falsa de Nova Jersey em nome de “Marc Rosario”.
Quem é Luigi Mangione?
Luigi Mangione, de 26 anos, nasceu e foi criado em Maryland, mas seu último endereço registrado era em Honolulu, Havaí. Ele estudou na prestigiada Gilman School, em Baltimore, onde foi orador da turma e destacado por suas excelentes notas. Um ex-colega, Freddie Leatherbury, afirmou à Associated Press que Mangione vinha de uma família extremamente rica, com destaque mesmo entre os alunos de elite da escola.
Filho de uma família que administra um clube country e casas de repouso, Mangione é graduado em engenharia e ciência da computação pela Universidade da Pensilvânia, onde também concluiu um mestrado em 2020. Durante a graduação, ele cofundou o UPGRADE, o primeiro clube de desenvolvimento de videogames da instituição.
Ideologias controversas
Nas redes sociais, Mangione adotava um tom polêmico. No Instagram, se descrevia como um “buscador da verdade” e “quebrador do sistema”, com postagens que demonstravam insatisfação com o status quo, incluindo frases como: “Assista ao desenrolar das consequências.”
Segundo o New York Times, Mangione tinha interesse em autoaperfeiçoamento, alimentação saudável e críticas à tecnologia moderna. Já o New York Post apontou que ele compartilhava citações do terrorista Ted Kaczynski, o "Unabomber", e mantinha um posicionamento anticapitalista em sua atuação online.
O manifesto e as acusações
Luigi Mangione foi detido portando uma arma falsa, supostamente fabricada com uma impressora 3D, munida de balas de 9 mm e equipada com um silenciador. Ele também carregava quatro identidades falsas, um passaporte americano e um manifesto de duas páginas e meia.
O manifesto refletia críticas às corporações, especialmente empresas de saúde, acusando-as de priorizar lucros sobre o bem-estar das pessoas. Fontes policiais apontam que Mangione teria motivos pessoais para sua aversão à comunidade médica, relacionados ao tratamento de parentes doentes. Registros indicam que ele perdeu sua avó em 2013 e seu avô em 2017.
Conexão entre Mangione e Brian Thompson
Brian Thompson era um renomado executivo da United Healthcare, reconhecido por liderar projetos inovadores na área da saúde. As autoridades investigam se havia algum vínculo ou disputa entre Mangione e Thompson que pudesse ter motivado o crime.
O que esperar das investigações?
O caso segue sob investigação, com as autoridades analisando os elementos que envolvem o manifesto, as ações de Mangione e suas possíveis motivações. A história de Luigi Mangione continua a atrair atenção, tanto por sua trajetória acadêmica e profissional quanto por suas posturas polêmicas e alegações criminais.
