Claudia Sheinbaum, 1ª mulher a presidir o México
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Cientista climática, ex-prefeita da Cidade do México e apadrinhada pelo atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, a candidata Claudia Sheinbaum, de 61 anos, venceu as eleições presidenciais do México e se tornará a primeira mulher a ocupar a presidência do país.
Segundo contagem preliminar oficial dos votos, ela obteve entre 58,3% e 60,7% dos votos. Essa deverá ser a maior percentagem de votos na história democrática do México, contra de 26,6% e 28,6% da opositora Xóchitl Gálvez.
“Pela primeira vez em 200 anos de República, haverá uma mulher presidente e ela será transformadora. Obrigado a cada mexicano. Hoje demonstramos com o nosso voto que somos um povo democrático”, declarou Sheinbaum.
Carreira acadêmica e mandato de desafios
- Antes da política, Sheinbaum construiu carreira acadêmica e estudou principalmente questões ligadas ao meio ambiente.
- Formou-se em Física pela Unam, uma das universidades mais prestigiadas do México e fez pós-graduação em Engenharia Ambiental.
- Ela também fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia, nos EUA.
- Em 2007, juntou-se ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas como coautora no tema "Mitigação das mudanças climáticas".
- O grupo ganhou o Prêmio Nobel da Paz naquele ano.
- Foi Secretária de Meio-Ambiente da Cidade do México, capital do país, de 2000 a 2006, quando Obrador era prefeito.
- Em 2014, Obrador fundou o Morena, partido pelo qual se elegeu presidente em 2018 e pelo qual, agora, Sheibaum foi eleita.
- Foi prefeita de Tlalpan, demarcação no sudoeste da capital mexicana, de 2015 a 2017.
- De família judia, Claudia tem dois filhos e um neto.
- A mais nova, Mariana, é sua filha biológica.
- O mais velho, Rodrigo Ímaz, é fruto do primeiro casamento de seu primeiro marido, Carlos Ímaz, e foi criado pelo casal.
- Em novembro de 2023, anunciou novo casamento com Jesús Tarriba, seu namorado de faculdade.
- Entre várias questões, terá que lidar com a violência com cartéis ligados ao fornecimento de drogas para os Estados Unidos e a seca na Cidade do México durante seu mandato.