Conhecido como Carlinhos Cocaína e apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Santos, de 52 anos, morreu em troca de tiros com a Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (12). O caso aconteceu na Freguesia, na zona oeste da cidade.

De acordo com a PM, os criminosos resistiram à prisão e atiraram contra os policiais. Outros dois comparsas de Carlinhos foram atingidos. Os três foram atendidos no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e Cocaína e um dos homens que estava com ele morreram no local.

Foram apreendidos um fuzil, duas pistolas e um rádio de comunicação com o traficante e os comparsas, segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ).

Comando Vermelho e mansões

• Segundo investigações, o líder do Comando Vermelho era envolvido com o tráfico há mais de 30 anos, mas nunca havia sido preso.
• Carlinhos era procurado e havia recompensa de R$ 1 mil por informações sobre seu paradeiro.
• Entre os crimes apontados nos mandados de prisão preventiva, estavam tortura, tráfico de drogas e homicídio, de acordo com o  Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).
• De acordo com uma investigação da Polícia Civil de 2019, Carlinhos era o responsável pelo braço financeiro do Comando Vermelho.
• Como gestor da caixinha comum da principal facção do Rio, ele pagava ajuda financeira aos membros presos e comprava armamento.
• A operação de 2019 não prendeu o traficante, mas apreendeu R$ 5 milhões em bens.
• Entre as propriedades, estava uma mansão avaliada em R$ 2 milhões, localizada na Freguesia.
• Segundo a investigação, outros 29 imóveis seriam de Carlinhos Cocaína e estavam em nome de "laranjas".