Quem é Adilsinho, apontado como chefe do grupo que matou advogado no Rio

Apontado como um dos chefes do comércio ilegal de cigarros no estado, ele ficou conhecido por fazer uma festa milionária no Copacabana Palace no meio da pandemia de coronavírus, em 2021

Da redação

Adilsinho, chefe do grupo que matou advogado no Rio
Reprodução

O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, de 53 anos, conhecido como Adilsinho, foi alvo de operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta terça-feira (9).  

A ação cumpre mandados de buscas e apreensão ligados a 10 investigados por envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo

O defensor foi morto a tiros no dia 26 de fevereiro, a poucos metros do escritório onde trabalhava e da sede da Ordem dos Advogados do Brasil.  

As investigações apontam que o grupo que praticou o crime é chefiado por Adilsinho, apontado como um dos chefes da máfia de cigarros do Rio. 

Ele também chegou a ser condenado a 3 anos de prisão, em 2009, por ligação com o jogo do bicho e caça-níqueis. A polícia ainda não esclareceu se o contraventor tem ligação direta com o assassinato do advogado.

Três suspeitos já foram presos pelo homicídio. O PM Leandro Machado da Silva teria coordenado a logística do assassinato, enquanto Eduardo Sobreira Moraes e Cézar Mondêgo de Souza teriam participado do monitoramento da rotina da vítima antes da execução. Moraes tinha cargo comissionado na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).

A Polícia Civil acredita que o trio tenha se encontrado pelo menos duas vezes no Batalhão da Polícia Militar em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde Leandro era lotado.

Jogo do bicho e máfia de cigarros

  • Em investigações, Adilsinho é apontado como um dos principais responsáveis pelo comércio ilegal de cigarros no Rio de Janeiro, com atuação principalmente na Baixada Fluminense.
  • A máfia é um negócio bilionário: só de sonegação de impostos, o mercado de tabaco falsificado deixou de pagar mais R$ 2 bilhões no Rio, de 2018 a 2023, de acordo com a Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec).
  • Mais de 20 ocorrências entre mortes, tentativas de assassinato, desaparecimentos e sequestros foram registradas na capital e na Baixada desde 2022, segundo levantamento do início de abril do RJ2.
  • O nome de Adilsinho e de pessoas ligadas a ele aparece nas investigações da maioria dos homicídios investigados.
  • Além da máfia dos cigarros, a Polícia Civil aponta que ele é ligado ao jogo do bicho.  
  • Em 2009, foi alvo da Operação Furacão, que investigou a cúpula de bicheiros e envolvimento com máquinas caça-níquel.
  • À época, chegou a ser condenado a 3 anos de prisão, mas teve a pena extinta.
  • Durante a pandemia de coronavírus, em maio de 2021, chamou a atenção por fazer uma festa para 500 convidados no Copacabana Palace, com a participação de vários artistas, como Gusttavo Lima e Ludmilla.
  • Em março deste ano, assumiu a presidência de honra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

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