O ministro Marcelo Queiroga bateu boca com Otto Alencar (PSD-BA) nesta tarde da CPI da Pandemia. O senador, que é médico, ficou conhecido por fazer perguntas técnicas aos depoentes e chegou a ser criticado por bolsonaristas por ter sido muito duro com Nise Yamaguchi, defensora da cloroquina.

Indagado por Alencar, Queiroga confessou que não leu as bulas das vacinas. Na sequência o senador apontou que o intervalo de vacinação com a Pfizer recomendado pelo ministério não segue a bula do imunizante. Enquanto a farmacêutica indica um espaço de 21 dias entre a primeira e a segunda dose, o Brasil adotou o intervalo de 12 semanas.

Otto Alencar, então, questionou sobre efeitos colaterais e falou sobre a morte de uma gestante. Segundo ele, as bulas não recomendam vacinação de mulheres grávidas e perguntou quem teria feito a nota técnica que autorizava esse uso dos imunizantes.

Queiroga disse que teria sido o Programa Nacional de Imunização (PNI) e a resposta desagradou o parlamentar. A nota teria sido emitida por Franciele Francinato, que é coordenadora do PNI.

Foi então que os dois começaram a bater boca. A sessão foi interrompida e na volta, com ânimos relaxados, Alencar elogiou a gestão de Queiroga e pediu desculpar por ter se exaltado.