O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o Ministério da Saúde pretende mudar o status do surto de covid-19 para endemia até o dia 31 de março. Atualmente, o Brasil classifica a crise sanitária como pandemia devido à disseminação em escala global do novo coronavírus.
A declaração do presidente foi dada nesta quarta-feira, 16, em entrevista coletiva durante agenda oficial na Bahia. O presidente reforçou que o ministro Marcelo Queiroga conversa com líderes do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) para agilizar a mudança do quadro sanitário da covid-19 no Brasil.
“A ideia é, até o dia 31 [de março], passar [o status] da pandemia para endemia, e vocês vão ficar livres da máscara em definitivo”, disse Bolsonaro. “Vocês já viram que, se ficar em casa, o vírus não vai embora. Quase quebraram a economia. Talvez, [tenha sido eu] o único chefe de Estado do mundo que disse que não poderia ficar em casa, que tinha que trabalhar, cuidar apenas dos idosos e de quem tem comorbidades”, continuou.
Queiroga conversa com Pacheco
Na terça-feira, 15, o senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, recebeu Queiroga para tratarem da flexibilização do estado de emergência sanitária. O parlamentar, porém, demonstrou preocupação com a medida, apesar de prometer levar a pauta para os líderes da Casa.
“Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou Pacheco no Twitter.
Dados da pandemia
Dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que 91% da população brasileira acima dos 12 anos já se vacinaram com a primeira dose da vacina contra a covid-19. Desse total, 84,38% completaram o esquema vacinal. Apenas 36,48% dos brasileiros acima dos 18 anos tomaram a dose de reforço (terceira dose).
Nas últimas semanas, alguns municípios e estados revogaram o uso de máscara, a exemplo da cidade do Rio de Janeiro, em locais abertos e fechados, e São Paulo, somente em ambientes abertos. O país soma de 656 mil mortes por covid-19 e 29,4 milhões de infectados.