Vladimir Putin afirmou que a Rússia tem "um estoque suficiente" de bombas de fragmentação e que pretende usá-lo contra a Ucrânia. Em declaração dada à TV estatal russa neste domingo (16), o presidente russo citou que pode usar o artefato caso a Ucrânia utilize o mesmo armamento enviado pelos Estados Unidos.
“Ainda não as usamos. Mas é claro que, se forem usadas contra nós, reservamo-nos o direito de tomar medidas recíprocas”, afirmou o presidente da Rússia. Apesar da declaração, Putin citou que considera o uso de bombas de fragmentação um crime e que a Rússia não precisou usá-las, mesmo que a Human Rights Watch afirme que tanto Moscou quanto Kiev usaram munições do tipo.
As bombas de fragmentação têm alto poder de destruição, já que, além da explosão, o artefato lança outros projéteis em alta velocidade, provocando ferimentos graves em uma grande área. As bombas do tipo são proibidas em mais de 100 países, mas não no Brasil, onde são produzidas e exportadas.
Putin também disse para a TV estatal que não viu nada de errado em especialistas russos examinarem equipamentos e mísseis militares ocidentais capturados pelas forças da Rússia. Os analistas examinaram mísseis fornecidos pelo Reino Unido à Ucrânia, a fim de ver se havia algo útil que pudesse ser usado pelos russos.