A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, anunciou nesta terça-feira (8) que o PSD também irá compor a equipe que fará a transição do governo Jair Bolsonaro (PL) para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mais cedo, Gleisi reuniu-se com o presidente do MDB, Baleia Rossi, consolidando aliança para a transição. Em seguida, informou que teve uma "ótima conversa" com o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, e que também formalizou um convite para que o partido participe da transição e do conselho político que será formado.
"O deputado Antônio Brito foi indicado para compor o Conselho. Mais tarde o PSD indicará os membros que integrarão o governo de transição", publicou Gleisi.
O PSD elegeu 42 deputados federais e terá 11 senadores a partir de 2023. O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é filiado ao partido e pretende disputar a reeleição para o comando da Casa. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi ministro de Dilma e de Michel Temer (MDB).
As indicações sugerem que MDB e PSD entrarão na coalizão de partidos que apoiarão Lula no Congresso Nacional. O PT também conversa com o União Brasil.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin é o coordenador da equipe de transição, e os trabalhos são feitos na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.
A senadora Simone Tebet deverá cuidar da área de Desenvolvimento Social, segundo anunciou Alckmin.
Por lei, o governo eleito tem direito a 50 cargos para a transição. Por parte do atual governo, a transição está sendo feita pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Lula em Brasília
Lula deve se reunir nesta semana com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.