O Ministério Público de Nara, no Japão, indiciou Tetsuya Yamagami, que é suspeito de matar o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe em julho de 2022. O homem é acusado de assassinado e violação das leis de armas do país.
Antes da acusação ser formalizada pelo MP de Nara, Tetsuya Yamagami passou por exames psiquiátricos entre julho do ano passado até janeiro, que determinou que ele poderá responder pelo crime.
Em relação ao julgamento, em caso de condenação, pode pegar a sentença de pena de morte.
Relembre o caso
O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu em 8 de julho, após ser baleado durante comício na cidade de Nara, perto de Quioto. A notícia foi dada pela NHK, a televisão estatal do Japão, e confirmada pelo hospital.
A polícia japonesa deteve um suspeito do ataque, Tetsuya Yamagami, com cerca de 40 anos. Ele é ex-militar da Marinha japonesa e usou “equipamento semelhante a uma arma”, uma espécie de espingarda artesanal.
Segundo informações divulgadas pela emissora estatal japonesa NHK, o réu afirmou que causou o incidente depois de cultivar rancor contra a "Federação Familiar para a Paz Mundial e Unificação" e a antiga Igreja da Unificação, para a qual sua mãe fez uma grande doação.
Shinzo Abe esteve no poder durante oito anos e deixou o cargo em setembro de 2021. Foi o primeiro-ministro com mais tempo no poder no Japão, ultrapassando o próprio avô, Nobusuke Kishi, que ocupou o cargo entre 1957 e 1960.
Kishi também foi vítima de uma tentativa de assassinato, um ataque a faca, mas sobreviveu. A morte de Abe foi o primeiro assassinato de um ex-primeiro-ministro japonês desde os dias do militarismo pré-guerra na década de 1930.