Os promotores de Justiça de São Paulo vão pedir ao governo do Estado prioridade na vacinação contra o novo coronavírus à categoria.
Na reunião do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, no último dia 24, o procurador Arual Martins pediu a palavra e citou uma carta que foi atribuída ao promotor de Justiça Roberto Barbosa Alves e assinada por outros colegas.
“Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, diz um trecho de carta.
Em resposta, o Procurador-Geral de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, prometeu levar o pedido ao governo.
“O Conselheiro Sarrubbo afirmou que encaminhará a questão ao Gabinete de Crise e que pode pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado (...) Relatou que assim como a Coronavac, outras vacinas têm se mostrado com eficácia muito boa e há uma perspectiva de que a partir de janeiro comecem as vacinações, inicialmente para a população mais vulnerável, que seriam os idosos, os profissionais de medicina, e assim por diante. De todo modo, considera que é um pleito que pode ser levado a análise pelo Gabinete de Crise”, diz a ata da reunião do MP.
Promotor nega que seja responsável pelo movimento
O promotor Roberto Barbosa Alves, a quem é atribuída a autoria da carta em que promotores pedem prioridade na vacinação contra o coronavírus, alega que não participa desse movimento.
Ele enviou nesta quinta-feira uma carta ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, em que repudia o fato de ele aparecer como mentor da iniciativa.
Roberto Barbosa Alves afirma que não formulou o pedido, não assinou a solicitação e nem sequer teve conhecimento da existência do requerimento.
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**notícia atualizada às 15h07 com o posicionamento do promotor Roberto Barbosa Alves