Prisão de Braga Netto não foi surpresa para ninguém, diz José Múcio

Segundo o ministro da Defesa, Lula, durante reunião em São Paulo, questionou sobre o ambiente nas Forças após prisão do general

da redação

José Múcio, ministro da Defesa
José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Defesa, José Múcio, declarou na manhã desta terça-feira (17) que a prisão do general Braga Netto, efetuada pela Polícia Federal no sábado (14), “não foi surpresa” e afirmou que espera que “todos os envolvidos respondam na Justiça”. 

A declaração do ministro foi feita após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na casa do petista em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. 

“Ele (Lula) queria saber como estava o ambiente nas Forças, evidentemente isso já era uma coisa que já se esperava, todo mundo esperava. Há um constrangimento de cada força, mas já se esperava. Nós desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça”, afirmou José Múcio. 

“É o primeiro general quatro estrelas que é detido do Exército, mas não foi uma surpresa para ninguém”, completou o ministro da Defesa.

O encontro de Lula e Múcio aconteceu após o governo federal encaminhar ao Congresso um projeto que altera a lei que dispõe sobre as pensões militares e estabelece uma idade mínima nas Forças Armadas para a transferência à reserva remunerada.

Prisão de Braga Netto 

A Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, em uma operação que contou com o apoio do Exército. 

A prisão ocorreu no contexto de uma operação que investiga suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin após as eleições de 2022. 

Além do mandado de prisão, a operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão, contra indivíduos acusados de dificultar a produção de provas durante a instrução processual penal. Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Brasília, com o apoio do Exército.

Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como uma figura central na tentativa de golpe. Segundo o relatório do inquérito, as chamadas "medidas coercitivas" previstas no plano Punhal Verde e Amarelo, que incluíam o planejamento operacional para ações de Forças Especiais, foram elaboradas para serem apresentadas ao general. Entre outras ações, o plano previa o assassinato de Lula e Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Com informações da agência Estadão Conteúdo 
 

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