Em imagens de uma câmera de segurança é possível ver quando dois homens entram em uma loja de roupas em Diadema (SP) e anunciam o assalto. Um deles mostra a arma para empresária, que está no caixa.
“Eles chegam e falam ‘assalto, se você reagir, eu vou te matar’, enquanto isso, o comparsa pegou tudo e o outro tocando o terror mesmo”, contou. Ela também disse que não foi a primeira vez que ela passou por uma situação como essa.
“Em dois anos, fomos assaltados três vezes. Da última vez, em menos de quatro meses, dois assaltos. A gente se sente muito inseguro no nosso próprio trabalho”, disse.
Quatro dias depois desse assalto na loja, outra câmera de segurança flagrou criminosos em uma moto fizeram um arrastão. Nas imagens é possível ver quando as pessoas que estavam na calçada percebem um primeiro assalto e tentam sair do local, mas uma delas é rendida e obrigado a desbloquear e entregar o celular.
Na maioria dos assaltos, o foco dos bandidos é o roubo de celulares para fazer transferências via Pix. Uma moradora, que já foi vítima, contou a reportagem que estava saindo de casa com o carro quando foi abordada.
“Levaram celular, bolsa, meus pertences. Eles limparam minha conta, passaram para uma conta de um laranja. Foram R$ 7 mil”, contou a mulher, que preferiu não se identificar.
Mesmo com as denúncias, os dados da Secretaria estadual da Segurança Pública, considerando os meses de janeiro e fevereiro, mostram uma redução de 17% no número de roubos, entre 2021 e 2022.
Ao conversar com moradores de Diadema, a reportagem viu que, apesar dos números, os assaltos continuam acontecendo com bastante frequência. Os moradores, inclusive, têm instalado câmeras de segurança, acionado a polícia, mas nada tem surtido efeito.
Um comerciante acredita que as vítimas deixaram de registrar os boletins de ocorrência, e por isso que existe uma inconsistência do que é contabilizado e o que de fato acontece na cidade
“O índice de assaltos está muito grande, mesmo que falem ao contrário, mas quem realmente vive aqui, vive a nossa realidade, sabe do nosso problema aqui em Diadema (SP)”, contou.