São Paulo pede barreiras sanitárias em aeroportos contra variante indiana da covid-19

Cepa teve primeiros casos registrados no Brasil, mas transmissão ainda não foi detectada

Da Redação, com 1º Jornal e BandNews FM

A prefeitura de São Paulo pediu medidas do governo federal para conter a variante indiana do coronavírus, já detectada no Brasil. As informações são de Adriel Trevizolli e Aelson Santos, no 1º Jornal e da BandNews FM.

O secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, sugeriu à Anvisa e ao Ministério da Saúde a implementação de barreiras sanitárias nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. O objetivo é de impedir que a nova cepa chegue ao estado, como no caso do Maranhão, que registrou os primeiros casos da variante em passageiros de um navio que veio da África do Sul. Das 24 pessoas a bordo, 15 testaram positivo para a doença, com três delas internadas por apresentarem sintomas mais fortes.

A capital paulista teme por uma nova onda de coronavírus. Por isso, um encontro virtual foi marcado para este sábado (22) com o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

O pedido é de testagem em massa, principalmente em voos oriundos do Maranhão. Aparecido colocou à disposição agentes da vigilância sanitária para fazer esse controle em aeroportos e terminais rodoviários.

O Instituto Butantan já está fazendo um estudo para saber se a cepa já chegou a São Paulo.

Até o momento, o Ministério da Saúde não identificou a transmissão da variante indiana no Brasil. A OMS classificou a cepa como “variante de atenção”, o que significa que ela pode ser mais transmissível. 

Os voos da Índia, considerada o novo epicentro da pandemia, estão suspensos pelo governo brasileiro desde o dia 14 de maio.

À Rádio Bandeirantes, Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do CONASS, disse que é possível que a cepa já possa estar circulando em outros estados, já que casos de infecção também foram confirmados na Argentina, país vizinho da região sul. Por isso, pediu a ampliação das testagens em aeroportos de todo o Brasil.

"É fundamental reforçar a vigilância. Não faz sentido. Um dos nossos pedidos ao Ministério da Saúde é que o controle de fronteiras seja mais rígido. Nós temos testes, o ministério comprou, vamos usar nos aeroportos! Chegou de voo internacional, a pessoa é submetida ao teste e em 15 minutos sai o resultado. Se for positivo, vai para um hotel e fica em quarentena. É o mínimo. Não vejo por que até agora a gente não faz. Permanece equivocado. Talvez a gente já tenha a circulação da cepa. Se continuar frouxo no controle de quem entra e sai, não vamos controlar”, disse o secretário.

Nas últimas 24 horas, foram confirmadas cerca de 585 mortes por coronavírus no estado de São Paulo, além de 17.936 novos casos. 

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.