O especialista Inácio Loiola falou nesta sexta-feira (4) no 1º Jornal sobre riscos de uma explosão nuclear na Europa, após um incêndio atingir a usina nuclear de Zaporizhzhia, em Energodar, na Ucrânia.

“Ela possui seis reatores nucleares e responde por 20% da energia elétrica total gerada na Ucrânia. Esse ataque não ocorreu nas unidades nucleares, e sim em uma parte administrativa. Caso tivesse ocorrido na Central Nuclear a gente teria um grande problema”, explicou Inácio. 

O especialista ainda disse que se o ataque tivesse ocorrido no núcleo do reator a temperatura iria subir e posteriormente teria uma fusão do núcleo. Uma segunda possibilidade seria de o ataque atingir o sistema de refrigeração do núcleo do reator o que implicaria também em uma elevação da temperatura e fusão do núcleo. 

“No caso da guerra, a Rússia possui um sistema de georeferenciamento próprio e ele tem uma margem de erro, porém antes da guerra o governo russo já tem o mapeamento completo de pontos sensíveis na Ucrânia. Durante a guerra esses pontos são atacados”, explicou. 

Inácio disse que pode fazer parte da estratégia atacar instalações de energia, mas “no que tange a geração nuclear podemos colocar em uma situação especial”, disse. “As gerações convencionais de energia podem ser atacadas mais facilmente, o ataque a usina nuclear tem consequências seríssimas”, explicou.

Vídeo: Rússia toma controle de usina incendiada na Ucrânia