Dois homens suspeitos de participar dos assaltos a bancos em Araçatuba (SP) foram presos no interior de São Paulo. A prisão aconteceu na tarde da última quinta-feira (2), na cidade de São Pedro.
Os dois detidos foram autuados por associação para o tráfico e posse de munição e seguem à disposição da Justiça. Um dos presos já era procurado por homicídio. Ele chegou a apresentar documento falso para despistar a polícia. Ao todo, sete suspeitos já foram presos pela polícia, e outros três morreram na ação.
De acordo com o Departamento de Investigações Criminais, foram apreendidas lanternas, uma máquina de contar dinheiro, munições calibres ponto 40 e ponto 380, R$ 3,5 mil em espécie, coletes à prova de bala, roupas camufladas e botas. Tudo foi encontrado em um sítio a 350 km de Araçatuba.
Com eles, também foram encontrados apetrechos para produção de drogas, documentos de contabilidade e até uma máquina de contar dinheiro.
A descoberta dos artefatos surgiu durante cumprimento de mandados de busca e apreensão obtidos por policiais da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Banco).
As apurações indicaram que uma organização criminosa estaria mantendo bases operacionais, espécies de QGs, para distribuição de drogas e definição de logística para outras ações. A equipe identificou três imóveis usados para este fim. Uma propriedade no Sítio São Sebastião, na cidade de São Pedro, e outras duas na Vila Paulista e bairro Boa Esperança, no município de São Carlos.
A polícia acredita que os bandidos que conseguiram escapar com o dinheiro já tinham esconderijos prontos em outras cidades do interior. Após os grandes assaltos, os criminosos costumam evitar as estradas mais movimentadas para escapar da polícia e aguardam dias para sair aos poucos dos endereços onde ficam escondidos.
Novas imagens mostram o momento em que um dos bandidos, que está junto com dois reféns no meio de uma rua, é baleado e cai. A quadrilha usou um drone para monitorar a ação da polícia. Uma conversa entre dois bandidos mostra o desespero deles quando um comparsa é ferido (veja no vídeo no começo da matéria).
“ Já levanta esse drone agora amigão, que 5 minutos? Ele tá no carro baleado, o parceiro, mano”, disse um dos criminosos. “Acalmou. Se vai levantar o drone agora? Como vamos sair agora? É agora que nós vamos sair? Vamos levantar o drone na hora que a gente for sair, não adianta levantar o drone e depois não conseguir levantar mais quando a gente for sair”, respondeu o outro. “Vamos embora, levanta o drone e vamos embora. O parceiro está baleado”, ordenou o primeiro.
A polícia segue analisando imagens de câmeras de segurança para identificar o restante do bando. Até agora, não foi divulgado o valor levado pela quadrilha.