“A situação está piorando na fronteira”, diz jogador brasileiro na Ucrânia

Rodrigo Albatroz, que joga no time ucraniano FC Vovchansk, está na casa da vó da namorada em um pequeno vilarejo no Leste Europeu

Da Redação, com 1º Jornal

“Estou em um lugar seguro. Quando eu acordei com o barulho das bombas estava com minha namorada, que é ucraniana, pegamos o carro e viemos para casa da vó dela, que fica em vilarejo pequeno a duas horas de Kharkiv, mas ainda bem longe da fronteira com a Polônia, mais de 10 horas de carro e bem longe de Kiev”, contou o brasileiro Rodrigo Albatroz, que joga no time ucraniano FC Vovchansk no 1º Jornal nesta segunda-feira (28).

Rodrigo disse que a decisão de deixar o país no Leste Europeu muda a cada momento. “Desde o primeiro momento que viemos para cá o planejamento vem mudando. Em um primeiro momento queríamos sair [da Ucrânia], mas ficamos isolados aqui porque o caminho continua perigoso e não vale a pena arriscar. A situação está piorando na fronteira. No momento é ficar aqui. Aqui estou seguro”, disse.

O jogador disse que entrou em contato com a embaixada, que foram solícitos e preocupados, mas ressaltou que outros países estão se mobilizando mais que o governo do Brasil para retirar os cidadãos do país. 

“Há uma mobilização dos cidadãos comuns brasileiros com doações, com a preocupação, recebendo doações em dinheiro e alugando carro e vans para tentar resgatar os brasileiros. Há mobilização muito maior nossa do que de quem tem teoricamente uma responsabilidade maior, com recursos maiores e um poder diplomático maior”, afirmou.

Nesta segunda-feira (27) deve acontecer o encontro entre uma delegação ucraniana com uma delegação russa "sem pré-condições", perto do rio Pripyat, na fronteira entre Ucrânia e Belarus. Não há informações sobre a participação da ONU ou de observadores internacionais no encontro que tenta buscar a paz no Leste Europeu.

Desde a última quinta-feira (24), cidades ucranianas são bombardeadas pela Rússia, que iniciou uma operação militar com a justificativa de defender regiões separatistas em Donbass, no leste do país. Até este domingo (27), a Ucrânia reconhecia a morte de mais de 350 civis.   

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