PRF afasta agentes envolvidos no caso de jovem baleada em Duque de Caxias (RJ)

Corporação determinou abertura de procedimento interno e disse que "lamenta profundamente"

Por Da redação

A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que afastou os agentes envolvidos no caso da jovem que foi baleada por engano em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (24). 

Em nota, a corporação disse ainda que “determinou abertura de procedimento interno para apurar os fatos” e que “lamenta profundamente o episódio”. 

A Polícia Federal (PF) também afirmou que instaurou inquérito e tomou as medidas iniciais, “que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”. 

Jovem foi baleada na cabeça

Uma família foi baleada dentro do carro, por engano, por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís, altura de Duque de Caxias (RJ), na noite desta terça-feira (24), véspera de Natal. 

O caso aconteceu por volta das 21h. A família, de cinco pessoas, havia saído de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em direção a Niterói, na região metropolitana, a caminho de uma confraternização. Os familiares disseram à reportagem da Band que não houve nenhuma ordem de parada por parte dos policiais, que teriam “chegado atirando”

Uma mulher de 26 anos identificada como Juliana Leite Rangel levou um tiro na cabeça e foi encaminhada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Ela precisou ser entubada, passou por cirurgia e tem quadro de saúde gravíssimo.

O pai da vítima levou um tiro na mão, recebeu atendimento e já foi liberado. Os outros ocupantes – a mãe, um filho e a namorada dele – não se feriram. 

“Não tinha motivo para sair atirando no carro da gente. A gente estava andando normal e eles [os policiais] vieram atrás. A gente viu a luz piscando e meu marido achou que eles queriam passagem e deu. Só que eles não passaram. A gente voltou para o mesmo lado, aí começaram a atirar”, relatou a mãe ao Bora Brasil

“Eles começaram a metralhar o carro. Foram mais de 30 tiros, contamos as cápsulas. Isso é um absurdo. Minha filha é uma pessoa muito legal, trabalhadora, maravilhosa e está lá entubada. Só espero que Deus tenha misericórdia da vida dela. E quero justiça, essas pessoas estão tudo aí”, completou. 

De acordo com ela, quando os agentes perceberam que a jovem havia sido atingida, tentaram criar uma versão falsa para o caso. 

“Eu falei ‘aqui é família’ e eles falaram ‘vocês atiraram na gente’. Mas como? A gente nem tem arma”, disse. Desesperada, a mãe continuou gritando a um deles ”você matou minha filha, você matou minha filha". 

Ele botou a mão na cabeça, deitou no chão e ficou se batendo, ele sabe que fez besteira.

Os agentes da PRF, segundo os familiares, não socorreram a vítima. Dois policiais militares que passavam pelo local se aproximaram e prestaram o atendimento.

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