O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixou o país neste domingo (15) após o grupo fundamentalista Talibã iniciar um cerco sobre a capital, Cabul. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior.
Veículos de imprensa internacionais noticiaram que o mandatário embarcou para o Tajiquistão, que faz fronteira com o sul do Afeganistão, mas o destino não foi divulgado oficialmente “por motivos de segurança”.
O Talibã entrou em ofensiva militar para pressionar pela rendição do governo e já havia assumido mais cedo grandes cidades, como Jalalabad e Mazar-i-Sharif. Em comunicado, o grupo garantiu que autorizaria passagem segura a quem quisesse deixar o país.
Os extremistas conseguiram avançar bastante seu domínio pelo território a partir de meados deste ano, quando os Estados Unidos começaram a retirar tropas norte-americanas que ocupavam a região - promessa de campanha do presidente recém-empossado Joe Biden.
Frente à ameaça ao governo local, no entanto, Biden anunciou que enviaria novamente 5 mil soldados ao país. Segundo a Casa Branca, o objetivo seria garantir a “retirada ordenada” de funcionários da embaixada.
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