A Justiça Federal decretou a prisão preventiva dos investigados Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, que respondem pelas mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips. Eles estão presos em Atalaia do Norte e serão transferidos para Manaus, onde permanecerão à disposição das autoridades policiais e da Justiça Federal.
Também foi decretada a prisão preventiva da pessoa que se identificou como Rubens Villar Coelho, conhecido por Colômbia, preso por uso de documento falso.
A juíza Jacinta Silva dos Santos, titular da Comarca de Justiça de Atalaia do Norte, no Amazonas, decidiu que o processo judicial instaurado para identificar e punir os envolvidos nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips deverão ser julgados pela Justiça Federal.
A magistrada justificou sua decisão destacando que o relatório das investigações já realizadas pelas polícias Federal e Civil apontam que a motivação do crime está diretamente relacionada a conflitos resultantes da defesa dos direitos dos povos indígenas que vivem no Vale do Javari.
A Justiça Federal ainda vai apreciar a decisão da juíza. Caso aceite o processo, será responsável por julgar o pedido das autoridades policiais para que converta em preventiva as prisões temporárias de três dos quatro suspeitos de participação no crime que já estão detidos.
Mais um suspeito investigado, Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi detido na quinta-feira. Ele nega participação nos assassinatos.
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico, Dom Phillips foram emboscados e mortos no início do mês de junho, quando viajavam, de barco, pela região do Vale do Javari. Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país. A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo