Preso por estelionato desde julho, o influenciador Nego Di foi condenado por danos morais, difamação e injúria contra a deputada estadual Luciana Genro (Psol), do Rio Grande do Sul. A decisão do juiz de direito Eduardo Furian Pontes decretou pena de R$ 10 mil, além de prestação de serviços à comunidade e pagamento multa de cinco salários-mínimos.
A pena pelos crimes de difamação e injúria haviam sido estabelecidas em 1 ano, 1 mês e 2 dias de detenção, em regime aberto, mais multa, mas como o tempo da pena é inferior a quatro anos e pelas circunstâncias do crime, a pena privativa de liberdade foi substituída pela prestação de serviços e a multa.
Nego Di pode recorrer da decisão. O caso ocorreu em 2020, quando Luciana Genro denunciou o influenciador após ele publicar um vídeo a chamando de "velha sem vergonha", "velha, maconheira, sem vergonha", e também afirmou "vá tu te f*, maconheira sem vergonha".
Segundo Genro, à época do lançamento do vídeo, a publicação contava com 153.995 visualizações e 726 comentários. Nego Di chegou a alegar que o vídeo era parte do conteúdo de humor ácido e provocativo, que estava dentro de um contexto de humor.
Na decisão, o juiz Eduardo Furian Pontes considerou que a liberdade de expressão não é absoluta, mas sim relativa e que qualquer restrição imposta não pode ser confundida com censura. Ele ressaltou que o humor não é um "escudo para ofensas e ataques que atinjam a honra, a dignidade e a imagem de pessoas".
Nego Di está preso por estelionato
O influenciador, comediante e ex-BBB 21 foi preso em casa na praia de Jurerê, em Florianópolis, Santa Catarina. De acordo com a polícia, a prisão de Dilson Alves da Silva Neto refere-se a um pedido de prisão da Polícia Civil Gaúcha para apuração de 370 crimes de estelionato.
Ele e a esposa são acusados de lavarem cerca de R$ 2 milhões após a promoção das rifas virtuais ilegais e outras fraudes nas redes sociais. Segundo o MP, as rifas de dinheiro e bens de alto valor não eram entregues às vítimas. Na ação, a esposa de Nego Di, Gabriela Sousa, foi presa em flagrante por estar com uma arma de uso restrito das Forças Armadas sem registro.
Nego Di também é acusado de enganar compradores da loja dele, a Tá Di Zuera, em sociedade com Anderson Bonetti. Segundo a denúncia do Ministério Público, Nego Di usou da popularidade para dar credibilidade às promoções, abaixo do valor de mercado, mas nunca entregou os produtos.