Um homem foi preso acusado de enviar buquê-bomba para ex-companheira e causar explosão em Francisco Morato, na Região Metropolitana de São Paulo. A prisão aconteceu durante esta terça-feira, 02, na capital paulista. As informações são do Igor Calian, no 1º Jornal.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado do envio da bomba estava foragido e não pretendia se entregar. Durante monitoramento durante mais de um mês, os agentes descobriram que familiares estariam acobertando o suspeito.
O preso nega que estava escondido na casa de algum conhecido, mas a situação em que ele foi encontrado não condiz com essa versão.
Ainda segundo a delegada responsável pelo caso, informalmente, o homem confessou que foi tomado por uma crise de ciúmes muito grande.
Disse ainda que se sentia preterido pela vítima e, por isso, acabou tendo a ideia de preparar a bomba. O acusado alega que não esperava que o artefato tivesse uma potência tão grande como teve.
Ele confeccionou o pacote-bomba sozinho e prendia apenas dar um susto na vítima, como forma de revanche por se sentir preterido.
O acusado alegou às autoridades que pesquisou na internet as formas de confeccionar a bomba. Ele comprou os materiais que formam o explosivo individualmente, os recebendo por entregas em casa.
Ele diz que, após a repercussão do caso na mídia, decidiu fugir, se abrigando em praças e igrejas de forma aleatória.
No entanto, a polícia não acredita nesta hipótese, já o acusado não teria condições financeiras para se manter durante tanto tempo.
Mesmo depois do envio da bomba, foi apurado que o preso mandou mensagens ameaçando a vítima, afirmando que ele iria a encontrar onde quer que fosse.
Edileuza se disse aliviada e chegou a ter uma crise de choro com a notícia da prisão. O preso foi encaminhado para exame de corpo de delito e terá seu depoimento formal marcado. O caso foi registrado no DP Central de Francisco Morato, onde é investigado.
O caso
Edileuza Ramalho recebeu a bomba como presente em sua casa no dia 05 de janeiro, no bairro de Jardim Virgínia, em Francisco Morato. Como a vítima estava viajando, o pacote com o ramalhete de flores ficou sobre uma mesa. Ela chegou da praia e foi direto para o trabalho, quando retornou e foi ver o que tinha recebido.
Com o impacto da explosão, o telhado do imóvel e a porta do banheiro ficaram destruídos. Jonathan, o filho de Edileuza, diz que foi jogado a um metro de distância com a força da explosão.