O presidente do Porto de Santos afirmou nesta terça-feira (6) que a privatização da Autoridade Portuária está completamente descartada. Anderson Pomini fez a declaração durante um café da manhã com jornalistas e defendeu que áreas do tipo não podem ser concedidos para a iniciativa privada.
Segundo Pomini, os portos exercem atividade essencial de interesse nacional e, por se tratarem de áreas de segurança, não podem ser concedidos. O presidente pontuou que os 100 maiores portos do mundo são públicos e o de Santos ainda tem uma função social.
Apenas os terminais do Porto de Santos são administrados por empresas particulares, algo que é defendido pelo governo federal, inclusive. Em maio, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, reforçou a posição de manter o porto público, mas sinalizou que passar a administração do terminal para a iniciativa privada está fora de cogitação.
Governador de São Paulo defende privatização
No Canal Livre de 29 de abril, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, disse que não desistiria da privatização do Porto de Santos. “Tenho uma esperança eterna e lutarei até o último momento para que aconteça, porque é bom, é bom para o estado, é importante. Seria a grande novidade da Baixada Santista”, afirmou, à época.
O governador pontuou que a privatização traria benefícios para toda a região da Baixada Santista e a indústria de Cubatão. “Quando falamos da privatização de Santos, está em jogo a competitividade do porto. O porto que é responsável pelo maior fluxo de comércio exterior do Brasil precisa ser cuidado”, citou
"A privatização ela traz a maior oportunidade de mobilizar capital em menor tempo, falamos de aprofundamento do canal, mobilização das áreas adjacentes, observe que tenho uma área industrial de Cubatão que morreu. E se tenho um canal cuidado, com incentivos tributários, lógica de porto-indústria, consigo remobilizar, reindustrializar a área", pontuou.