O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse que quer deportar detentos estrangeiros em meio à onda de violência no país. A declaração foi feita a uma rádio local. Essa medida visa reduzir a população carcerária do país que hoje vive em superlotação.
O número de mortos nos ataques de grupos criminosos subiu para 14, só na cidade portuária de Guayaquil. Dos 29 prédios atacados nessa terça-feira, cinco eram hospitais e uma emissora de tv. A polícia disse que 70 pessoas foram detidas até agora, 3 policiais sequestrados foram libertados e 17 detentos, recapturados.
Além disso, os agentes realizaram a apreensão de explosivos, armas, cartuchos, motocicletas e carros, de acordo com o balanço da corporação divulgado nesta manhã.
O Ministério da Saúde informou que os hospitais públicos de todo o país apenas estão atendendo casos de urgência. Escolas, universidades, comércio e muitas empresas estão fechadas.
O transporte público em Guayaquil chegou a ser suspenso. Argentina, Bolívia e Colômbia ofereceram ajuda. Patricia Bullrich, ministra da segurança argentina, classificou que o combate contra o narcotráfico é um tema continental. E disse que o Equador perdeu absolutamente o controle.
A partir de hoje, a Embaixada dos Estados Unidos vai suspender os serviços consulares no país, como por exemplo a emissão de visto. As autoridades enviaram um alerta de segurança para os seus cidadãos que visitam ou residem no país latinoamericano.
Ontem, o presidente Daniel Noboa decretou conflito armado interno, em uma tentativa de controlar a situação. Com a medida, os militares podem agir como em uma guerra. Também permite às Forças Armadas aplicar força letal contra os 22 grupos reconhecidos como terroristas.