Em entrevista exclusiva para o Jornal da Band, o presidente da farmacêutica chinesa Sinovac, Yin Weidong, disse que a empresa vai priorizar o fornecimento de vacinas para parceiros da fase de testes, como o Brasil.
"Firmamos com o Instituto Butantan o contrato de fornecimento de 100 milhões de vacinas. O Brasil tem população de mais de 200 milhões de pessoas, talvez este número dê para proteger os grupos prioritários", afirmou ele.
O Brasil possui atualmente 6 milhões de doses da CoronaVac importadas da China, que já foram distribuídas aos estados pelo Ministério da Saúde e estão sendo aplicadas, e outras 4,8 milhões produzidas pelo Instituto Butantan e aguardam aprovação da Anvisa para uso emergencial.
Eficácia e segurança
Yin Weidong explica que a taxa de eficácia de 50,38% se deu porque os testes no Brasil foram feitos apenas em profissionais de saúde, que têm contato diário com o vírus. Para ele, essa taxa de proteção está abaixo do normal e diz que a empresa foi a primeira do mundo a detectar eficácia sobre o grupo médico.
O executivo informou que mais de 1 milhão de chineses receberam a CoronaVac sem nenhum evento adverso grave. Nos testes feitos no Brasil, na Indonésia e na Turquia mais de 24 mil voluntários e apenas 0,3% tiveram aumento de temperatura.
Yin alerta que apesar da eficácia, o imunizante não deve ser a única medida no combate à covid-19. "A vacina constitui apenas um fator e não cabe a ela toda a responsabilidade no combate à pandemia", afirmou.