Presidente da OCESP critica aumento do ICMS e diz que preços no supermercado mudam a partir do dia 15

Da redação, com Rádio Bandeirantes

Supermercados vão sentir aumento de preços já no dia 15, por causa da mudança do ICMS
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O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, Edivaldo Del Grande, foi entrevistado ao vivo neste sábado, 02, pela Rádio Bandeirantes, e criticou o aumento do ICMS no estado de São Paulo – medida já em vigor. Segundo ele, os impactos no bolso serão sentidos a partir do dia 15 deste mês nos supermercados. “Há uns dois meses, o vice-governador Rodrigo Garcia nos chamou para conversar sobre isso, e disse para falarmos com a equipe econômica. Eu falei que ele estava dando um tiro no pé, que estava matando a galinha dos ovos dourados: o produtor agrícola (...). Vamos sentir os preços aumentarem logo no dia 15”.


Segundo Del Grande, o aumento será escalonado, em toda a cadeia produtiva. “Vários produtos têm aumentado. Leite aumenta para 4,14% e seus derivados também. Só que para ter o leite, você tem que alimentar a vaca com ração, o que também aumentou, assim como os insumos para produzir a ração, tais como milho e soja. O aumento é escalonado, em cascata, isso vai dar um impacto muito grande em toda a cadeia”, reforçou. “Alimento não pode ser taxado, ele é essencial. Mas, infelizmente, população e pequenos produtores vão pagar caro por isso.”


Os impactos serão sentidos em breve nos supermercados. “Vamos saber exatamente como ficarão os preços a partir do dia 15 (...). Isso começa a impactar violentamente já nos mercados. Impacta primeiro na compra de insumos para produzir alimentos, principalmente pelos pequenos agricultores, mas já na sequência a população em geral. Esse aumento em plena pandemia, em pleno problema social.”


Del Grande criticou várias vezes, durante a entrevista, a decisão do estado de aumentar o imposto. “Quando as pessoas têm mais posse, elas pensam com o bolso deles. Então, 10% de aumento é só um pouco a mais para eles. Mas, para uma família carente, uma família pobre, em que o impacto na alimentação é de 30% a 40%, pra elas esses 10%, 12% vão impactar e muito. E em plena pandemia!”, disse. “Agora, tudo que é abaixo de 18% será considerado benefício fiscal. Mas, isso não era benefício fiscal, era uma condição para manter a indústria aqui no estado, alimentar pessoas necessitadas. Infelizmente, a Assembleia deu esse cheque em branco e o governo pode flutuar a alíquota de 0 a 18%. 

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