Presidente da CPMI do 8 de janeiro promete credibilidade nas investigações

No discurso, o deputado Arthur Maia mencionou duas “narrativas” centrais sobre quem estaria por trás dos ataques de 8 de janeiro

Por Édrian Santos

Presidente da CPMI do 8 de janeiro promete credibilidade nas investigações
Arthur Maia é eleito presidente da CPMI do 8 de janeiro
Divulgação/Agência Senado

O deputado Arthur Maia (União), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os ataques de 8 de janeiro, prometeu dar credibilidade na condução das investigações. O grupo de trabalho formado por 32 senadores e deputados, além dos suplentes, foi instalado nesta quinta-feira (25) pelo Congresso Nacional.

“Através deste acordo promovido pela inteligência política da oposição, do governo, dos partidos independentes, conseguiu uma chapa que venha dar credibilidade aos trabalhos que nós temos pela frente. [O acordo] conseguiu colocar na mesa um deputado de um partido independente, como o meu, o União Brasil, o senador Cid Gomes, um senador com postura de oposição, o Magno Malta. E eu quero convidar para compor a mesa a senadora Eliziane Gama”, disse Maia.

Em outro momento, o parlamentar considerou duas narrativas centrais na CPMI, uma do governo, de que houve tentativa de golpe de Estado por parte de bolsonaristas, e a da oposição, de que houve facilitação para a invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

“Nós sabemos que há uma narrativa de que tudo o que aconteceu está envolvido em uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia no Brasil”, considerou o presidente da CPMI. “Por outro lado, eu sei, também, que existe a narrativa de que houve facilitações”, continuou.

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A instalação da CPMI reuniu os 32 parlamentares titulares, 16 senadores e 16 deputados, e os 32 suplentes, também divididos igualmente de acordo com cada casa legislativa.

O inquérito terá um prazo de 180 dias para apurar os crimes ocorridos na invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal federal (STF).

Os ataques culminaram na prisão de centenas de pessoas, inclusive a do ex-ministro Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No exercício do cargo, ele tirou férias e, quando houve os atos, ele estava nos Estados Unidos.

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