O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a administração municipal não vai retirar barracas de pessoas em situação de rua de forma arbitrária. A declaração foi dada em entrevista exclusiva à BandNews TV, nesta segunda-feira (3).
Nunes explicou que, antes das operações, os fiscais vão apresentar opções diferentes para que essas pessoas escolham o que fazer antes de terem que entregar as estruturas. Segundo o emedebista, a orientação é mostrar para esses moradores que existem outras opções, além dos albergues.
Vamos oferecer a opção para que eles voltem para a cidade de origem, vagas em centros de acolhimento, ajuda para procurar emprego e inclusão na fila de programas de habitação
32 mil em situação de rua
Atualmente, a prefeitura mapeou 32 mil moradores em situação de rua em São Paulo. Na prática, se todos aceitassem ir para um albergue, praticamente metade não encontraria vaga.
De acordo com o prefeito, em 2022, mais de 9 mil pessoas deixaram de viver nas ruas da capital paulista.
Briga na Justiça
A entrevista de Nunes se contextualiza com uma decisão da Justiça que suspendeu uma liminar que proibia a retirada de barracas de equipamentos públicos da capital, como calçadas e praças. O prefeito comemorou a ordem que derrubou o pedido feito pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
A região da Santa Ifigênia, no Centro da cidade, será a primeira a receber as ações de retirada das barracas. Os equipamentos serão removidos durante o dia e levados a um pátio da subprefeitura local, onde os moradores em situação de rua poderão retirá-las à noite.
A decisão da Justiça não permite a retirada de barracas no período noturno.