A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na região da Cracolândia. A estrutura, localizada na Rua General Couto de Magalhães, foi erguida com o intuito de substituir o tapume que havia no local. A construção tem cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura.
A Cracolândia é conhecida por concentrar um grande número de usuários de drogas e pessoas em situação de rua. A região se tornou um território de disputa que envolve a especulação imobiliária. Vias como a avenida Duque de Caxias, Rua dos Gusmões, Rua Helvétia, Rua Barão de Piratininga, Rua General Couto de Magalhães e Avenida São João têm sido locais de concentração de pessoas que fazem uso abusivo de drogas.
A prefeitura de São Paulo divulgou que houve redução do fluxo de pessoas na Cracolândia, no centro da cidade. Entre janeiro e dezembro de 2024, a média de pessoas no local caiu 73,14%, conforme nota. Ainda segundo a prefeitura, foram ampliadas as operações policiais no local e o número de prisões e apreensões passou de 5.455 para 6.074 no período de janeiro a setembro de 2024.
Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que o muro foi instalado no início de 2024, onde já existiam tapumes de metal para fechamento de uma área pública. “A troca dele foi realizada para proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres”.
Ainda conforme a prefeitura paulistana, os tapumes eram quebrados com frequência, “oferecendo risco de ferimentos a essas pessoas. Por isso, a substituição por alvenaria”.
“Para garantir a segurança, acesso e atendimento às pessoas que ocupavam o terreno público, a Prefeitura retirou os tapumes do lado da Rua dos Protestantes, abrindo a área. O trecho ao lado da Rua Couto de Magalhães foi mantido para proteção das mesmas em decorrência do fluxo de veículos na via e circulação nas calçadas”, declarou a administração municipal.
“Além da substituição dos tapumes pelo muro, a Prefeitura também fez melhorias no piso da área ocupada para as pessoas em situação de vulnerabilidade. Portanto, não são verdadeiras as afirmações de que a administração municipal atuou na região com outros interesses que não sejam a assistência e acolhimento às pessoas em vulnerabilidade na Cena Aberta de Uso”, completou.