Um arranha-céu em Moscou, na Rússia, foi atingido, nesta terça-feira (1º), por um drone pela segunda vez em três dias. O prédio abriga três ministérios do governo do presidente Vladimir Putin. 

Autoridades culpam a Ucrânia e falam em atentado terrorista. A Rússia também confirmou que conseguiu interceptar dois drones nos subúrbios da capital. Horas depois do ataque, o presidente Vladimir Putin se encontrou com o presidente da câmara alta do parlamento. 

O prédio que foi alvo é conhecido como "quarteirão do QI”. Nele, estão os escritórios dos ministérios do Desenvolvimento Econômico, Digital e da Indústria e Comércio. Até o momento, não há registro de feridos.

As equipes trabalhavam por videoconferência quando houve o incidente e, por isso, não havia ninguém no local.

Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, o método que o regime de Kiev usou para atingir o distrito financeiro da cidade de Moscou em 30 de julho lembra o ataque de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. 

"Vamos dar uma olhada em outro exemplo: o ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas. Ele causou um número enorme de vítimas, mas os métodos foram os mesmos. O distrito da cidade de Moscou é um local civil, que abriga apenas escritórios e um centro de negócios, junto com alojamentos - um grande número de apartamentos residenciais -, bem como edifícios administrativos civis que nada têm a ver com os militares", declarou Zakharova ao canal Soloviev Live TV. 

Moscou vem enfrentando ataques de drones desde o início de maio. Naquele mês, dois deles atingiram o telhado de um prédio no complexo do Kremlin. Mesmo que os incidentes não tenham causado baixas ou grandes danos, eles provocam um mal-estar generalizado e desestabilizam a operação militar russa na Ucrânia.