Posts, bullying e BO por violência: o que se sabe sobre o ataque em escola de SP

Adolescente de 13 anos que matou professora e feriu outros quatro com uma faca fazia postagens em rede social sobre ataques violentos

Da redação

O aluno de 13 anos que matou uma professora de 71 anos e feriu outros quatro postou sobre o ataque em uma rede social. O crime aconteceu na última segunda-feira (27), ocasião em que o menor entrou na Escola Estadual Thomazia Montoro com uma faca.

De acordo com a polícia, em fevereiro deste ano, foi registrado um boletim de ocorrência sobre violência na escola. Inclusive, as autoridades descobriram que, por mais de uma vez, o adolescente fez relatos de planos para realizar ataques violentos, apesar de o perfil dele ser fechado.

Suposto racismo

Alunos contaram à imprensa que a professora Elisabete Tenreiro separou uma briga entre o menor e outro aluno dias antes. O autor do crime teria sido racista, ocasião em que chamou o colega de “macaco”.

“Ele chamou um menino de macaco. Fomos eu e uns quatro meninos que apartamos a briga. O pessoal falava que ele falou que ia fazer uma coisa dessa e ninguém acreditava”, contou um aluno da escola.

O aluno responsável pelo ataque era novo na escola. Na escola anterior, o adolescente também teve “problemas com violência”, conforme contou o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder em entrevista coletiva.

Polícia investiga bullying

A Polícia Civil investiga se o menor de 13 anos foi vítima ou se praticava bullying com os colegas. Em entrevista à Band, a professora Rita de Cássia Reis, também ferida no ataque, contou que o autor das facadas era alvo de piadas devido a um bigode.

“Ele sofria bullying porque ele estava com um bigodinho. É a fase da adolescência deles. Esse bigodinho nasceu e os meninos começaram a chamá-lo de mexicano”, disse Rita de Cássia.

Outras cinco pessoas foram hospitalizadas devido ao ataque, três professoras, um aluno e outro estudante que entrou em estado de choque.

Acompanhamento psicológico

Sobre medidas de prevenção, o governo informou que vai ampliar de 500 para 5 mil profissionais dedicados ao “Conviva”, programa que prepara profissionais da educação para cuidarem do lado psicológico dos alunos da rede estadual de educação.

“Independentemente da tristeza de hoje, já está no cronograma a contratação de 150 mil horas de atendimentos de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. O processo está na cotação de preços. Em mais algumas semanas, a gente vai fazer essa licitação – já estava no planejamento isso – para o atendimento presencial com 150 mil horas de psicólogos e psicopedagogos nas escolas”, explicou o titular da Educação.

Escola fechada por uma semana

O secretário também anunciou o fechamento da Escola Estadual Thomazia Montoro por uma semana, prorrogável por mais tempo. De acordo com o gestor, a pasta antecipará o recesso de julho na referida instituição.

“A escola, também, vai ficar fechada por uma semana. Então, quanto às aulas, a gente vai acompanhando se precisa estender o fechamento da escola. O que a gente vai fazer é antecipar o recesso de julho. Nenhum aluno vai perder aula, mas não vai ter aula semana que vem”, disse o secretário.

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